*Publicidade

Home     Entrevistas
Ronan Batista

‘Sou cria do Jovair. Vou apoiar Marconi’


Publicado em 30 Novembro 2009

Rui Sabóia e João Carvalho, Goiânia

|   Compartilhe esta página: facerbook  twitter  whatsapp

RUI SABóIA
<EM>Ainda acredito e vou trabalhar para que Marconi e Alcides estejam juntos no mesmo palanque em 2010</EM>
Ainda acredito e vou trabalhar para que Marconi e Alcides estejam juntos no mesmo palanque em 2010

Indiferente à guerra travada nos bastidores entre tucanos e pepistas, o prefeito Ronan Batista (PTB), de Niquelândia, não tem nenhuma dúvida. O seu candidato ao governo em 2010 será o senador Marconi Perillo. E mais: Ronan acredita que ainda é possível resgatar o Tempo Novo, com a presença de vários partidos num mesmo palanque. Confirma o seu trabalho para eleger a sua esposa, a primeira-dama Gracilene Batista, deputada estadual e diz que o Norte precisa ser ouvido, além de trabalhar para aumentar a sua representação política.

Diário do Norte – Preocupa a formatação de uma nova frente política no Estado (com PP, DEM, PR e PSB) para fazer frente ao projeto de eleição do senador Marconi Perillo?
Ronan Batista – Continuo pensando e acreditando na união da base aliada. Vejo que essa possível terceira via não é interessante para Goiás. Nós viemos do mesmo ninho e do mesmo lugar. E entendo que a união tem realmente que acontecer. E vejo que há possibilidades. O governador Alcides Rodrigues é um homem centrado e muito inteligente. E o senador Marconi Perillo da mesma forma. Acredito realmente que ainda não morreu essa possibilidade. E realmente preocupa essa terceira via. Vejo que esse projeto fortalece somente o PMDB. Defendo a união de todos e acho que é possível retomar a conversação para retomar a força do Tempo Novo e vencer as eleições. Será interessante essa vitória com o senador Marconi. Porque todos sabemos que temos dois momentos distintos no Estado: antes do Marconi e após o Marconi. Goiás está em processo de mudança e hoje é reconhecido no Brasil inteiro, inclusive com a vinda de grandes empresas. E nós não podemos permitir que a política prejudique o futuro desse Estado.


DN – Considerando que o próprio PSDB está processando o governador Alcides Rodrigues, o senhor acha que ainda é possível conversar?
Ronan – Vejo que há possibilidade de se retomar o diálogo entre os dois lados. E o governador Alcides Rodrigues pode abrir esse diálogo. E vejo que há algumas pessoas - próximas das duas lideranças, Alcides e Marconi --, que estão articulando e impedindo que esse diálogo aconteça. Quando os dois tiverem oportunidade de sentar para conversar acho que aí as coisas podem começar a acontecer. Isso é difícil? Claro que é. Mas com o diálogo é possível.


DN – Quem seriam as pessoas que estão articulando?
Ronan – Não vou citar nomes. São assessores ligados diretamente ao senador Marconi e ao governador Alcides que não permitem que os dois tenham oportunidade para uma conversa. E trata-se de uma conversa de alto nível, que vai decidir o futuro do Estado de Goiás. Esse assunto tem que partir dos dois.


DN – Não havendo esse acordo, o candidato do senhor é o senador Marconi Perillo?
Ronan – Sou cria do deputado Jovair Arantes. Sou marconista e estou fechado 100% com ele. Nunca tive dúvidas quanto a isso. Vou estar sempre com ele. Acredito no seu governo e vejo os avanços que ele conquistou para Goiás. Ele é meu amigo particular e eu sou seu fã. Para mim, é um dos melhores políticos do Brasil. E estarei na sua campanha em todo Estado, no Norte especialmente, para que ele venha novamente ocupar a cadeira de governador.


DN – O senhor representa uma das principais cidades do Norte. O senhor defende que a região seja contemplada com espaço na chapa majoritária do senador Marconi?
Ronan – Acho que sim. Isso pode acontecer. E tenho conversado muito com o deputado Jovair Arantes sobre isso. Mas entendo também que o projeto maior é estarmos todos unidos e vencer as eleições. Assim, a questão da formatação da chapa majoritária não é prioridade. A prioridade agora é vencer as eleições.


DN – O Norte sofre com a falta de representatividade no governo do Estado e também na Assembleia. E o senhor hoje trabalha com a pré-candidatura da primeira-dama Gracilene Batista. O senhor entende que a população está consciente e madura de que deve eleger representantes da região?
Ronan – Eu sempre defendi isso desde o meu primeiro ano de mandato à frente da Prefeitura de Niquelândia. Nós temos que ter uma visão Norte. Nossa visão não pode ser localizada. Niquelândia é uma cidade importante? Sim, claro que é. Mas Niquelândia com as demais cidades será ainda mais forte. Então, esse pensamento não se aplica apenas para Niquelândia, mas para o Norte de Goiás. Às vezes, me sinto até ofendido por não ter espaço. Por isso, temos que unir as nossas forças. E é importante fazer não só a Gracilene Batista deputada. Temos que eleger mais deputados no Norte. Temos que concentrar os nossos votos nos candidatos do Norte. A Gracilene é pré-candidata com muita força. Sai de Niquelândia com votação expressiva. A população está acreditando nisso, até porque será a primeira vez que a cidade terá uma mulher candidata. Isso é muito importante. E nós estamos defendendo essa causa. Não podemos ficar sempre batendo palmas. Agindo assim, nós não teremos respaldo, que é na participação no governo. E o senador Marconi vai ganhar as eleições e nós temos que estar presentes, ocupando os espaços no governo. Nosso objetivo é fortalecer o Norte, que hoje não está bem representado politicamente.


DN – O senhor diz que Marconi vai ganhar as eleições. O senhor não tem nenhum receio da força eleitoral do PMDB, com Iris Rezende ou Henrique Meirelles na disputa?
Ronan – Não tenho receios. Acredito que o senador Marconi Perillo vence. Até porque ele já mostrou que tem credibilidade com a população e pode subir novamente no palanque para pedir votos e confirmar Goiás como uma potência brasileira. Então acredito realmente na sua eleição.  


DN – Qual seria a maior dificuldade do prefeito Iris Rezende em realizar a campanha no Norte do Estado?
Ronan – Vejo que Goiás vive uma renovação que foi implantada com Marconi Perillo e que deu certo. O senador saiu, mas hoje a gente vê que ele está preparado. E o Iris já teve o seu espaço na política goiana. Ele trabalhou bem na época em que foi governador. Mas agora vivemos outro momento. Não é o momento de priorizar política. É o momento de olhar para frente e pensar no futuro do Estado. 


DN – O senhor já definiu que vai mesmo apoiar a candidatura à reeleição do deputado Jovair Arantes?
Ronan – O Jovair foi quem primeiro acreditou que eu poderia ingressar na vida política. Ele é meu companheiro, meu irmão o tempo todo. E vou apoiar ele para qualquer disputa, para deputado, para vice-governador, para senador, para o que for necessário. Ele tem dado um respaldo muito grande para Niquelândia, com obras e recursos para o nosso município. E ele está presente não só em Niquelândia, mas em todo Norte.   


DN – O senhor entende que a crise nos municípios passou e agora é o momento de preparar os investimentos para 2010?
Ronan – Nós estamos acertando as finanças. Estamos reduzindo gastos e mudando muitas situações na prefeitura para diminuir os custos, que são altos. O momento agora é de fazer isso. Mas mesmo diante dessa situação difícil, eu nunca reclamei. Sempre demonstrei muita força, passando confiabilidade e acreditando que o cidadão não tinha motivos para não fazer os seus investimentos. E Niquelândia passou muito bem por essa situação. Nós tivemos uma queda nas receitas, mas temos um potencial muito grande e estamos caminhando para ser uma das melhores cidades do Centro-Oeste brasileiro.


DN – O senhor entende que o Norte e, em especial Niquelândia, estão bem contemplados com os programas sociais do governo do Estado?
Ronan – Os programas sociais do governo atual não passam pela prefeitura. São programas que estão com pessoas que têm ligação política com o governo, inclusive a secretária Flávia Moraes (Cidadania e Trabalho) esteve em Niquelândia e eu nem fiquei sabendo, muito menos a primeira-dama ou a promoção social. Ela esteve lá e sequer procurou a prefeitura para informar que uma secretária de Estado estava na cidade. Então, acho que isso foi ruim. E hoje nós não temos informações sobre os programas sociais do governo do Estado na nossa cidade. Não sei porque isso acontece.


DN – Esses programas atendem bem Niquelândia?
Ronan – Não. Estão muito aquém da nossa necessidade. E acho que realmente está longe do que precisa ser feito. Falta técnica e gestão. Na nossa cidade é o contrário. Em Niquelândia a promoção social municipal é uma referência em termos de organização e de técnica. Hoje a gente faz promoção social sem assistencialismo. 


DN – Em relação às obras do governo do Estado, a cidade está sendo bem atendida?
Ronan – O governador Alcides liberou para Niquelândia R$ 1 milhão para investimentos em obras de pavimentação. Assim que passar o período das chuvas, nós vamos iniciar as obras. Foi isso que ele liberou no momento é nós agradecemos por esse carinho com Niquelândia. 


DN – O senhor está concluindo o primeiro ano do seu segundo mandato. É mais fácil administrar com uma Câmara Municipal que não faz nenhum tipo de oposição à sua gestão?
Ronan – Da atual legislatura na Câmara Municipal nós temos apoio dos nove vereadores. Isso nos dá tranquilidade para trabalharmos. O nosso vice, o José Antônio, tem um boa ligação com a câmara e nos ajuda nesse debate. E reparto com os vereadores o mérito das nossas ações. Isso é importante. Um prefeito precisa pensar muito, ser audacioso e empreendedor. E para isso, ele precisa de tranquilidade. Eu tive essa tranquilidade nesse ano e espero mantê-la nos próximos três anos.

Jornal Diário do Norte

E-mail jornaldiariodonorte@uol.com.br

Endereço Avenida Federal Nº. 248 Centro, Porangatu Goiás.

© 2025 - Jornal Diário do Norte