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Ernesto Roller

“Se for chamado, estarei pronto”


Publicado em 11 Janeiro 2010

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O secretário de Segurança Pública de Goiás, Ernesto Roller, concedeu uma rápida entrevista ao Diário do Norte no final da tarde da sexta-feira (8), em Niquelândia, no trajeto entre o Estádio Municipal Ary Valadão e a revitalizada Praça Silva Júnior, no centro da cidade, onde fez a entrega de quatro novas viaturas para a 4ª Companhia Independente da Polícia Militar (PM). Em cinco minutos de conversa, Roller, que é deputado estadual licenciado pelo PP, disse que planeja lançar-se candidato à Câmara Federal em outubro. Todavia, deixou escapar que, "como um soldado do partido", nas palavras dele, poderá atender a um eventual chamado do governador Alcides Rodrigues (PP) para a disputa pelo Palácio das Esmeraldas. Na conversa, o secretario também procurou minimizar o fato de Goiânia ter contabilizado 346 homicídios até o dia 15 de dezembro de 2009, dizendo que houve queda no número crimes em comparação a 2008 (quando ocorreram 443 homicídios). "É claro que vidas estão sendo perdidas nessa batalha contra a violência e, por isso, devemos perseguir uma redução ainda maior. Mas temos um país com inúmeras fronteiras secas com vários países produtores de drogas. E a droga é um ingrediente que está presente em 80% dos crimes", argumentou o secretário.

Diário do Norte - O senhor pretende se colocar à disposição do PP do governador Alcides Rodrigues para ser o candidato da legenda ao governo do Estado, nas eleições de outubro?
Ernesto Roller - Na vida pública, quando você está num partido, quando você pertence a um grupo político, você precisa estar sempre à disposição desse grupo político, para atender os chamamentos que lhe forem feitos. Claro que trabalho com o horizonte de ser candidato a deputado federal, mas sou um soldado do meu partido, do governador Alcides Rodrigues. E, mais do que tudo, um soldado da população do Estado de Goiás. Se for chamado, estarei pronto para enfrentar esse desafio (de ser candidato ao governo).
DN - Goiânia encerrou 2009 com centenas de homicídios registrados pela Secretaria de Segurança Pública. Na avaliação do senhor, como titular da pasta, a que se deve esse número tão alarmante? Quem falhou, afinal? As polícias são culpadas por essa situação?
Roller - Nós tivemos uma redução do número de homicídios em relação a 2008. Agora, o que nós precisamos compreender é que Segurança Pública não se constrói apena com a ação da polícia. A polícia goiana encontra-se bem equipada, com armamentos eficientes e vem apresentando bons resultados. É claro que vidas estão sendo perdidas nessa batalha contra a violência e, por isso, devemos perseguir uma redução ainda maior (do número de assassinatos). Mas temos, no Brasil, um grave problema social, num país com dimensões continentais, com inúmeras fronteiras secas com vários países produtores de drogas. E a droga é um ingrediente que está presente em 80% dos crimes. O Brasil precisa enfrentar de frente o problema das desigualdades sociais, para que os nossos jovens não tenham a necessidade de migrar para a atividade criminosa.

DN - Que plano ou planos o senhor reconhece que não conseguiu implantar em seus quase três anos de atuação como secretário de Segurança Pública?
Roller - Olha, eu costumo dizer que a Segurança Pública era uma coisa antes do governo Alcides; e que agora é e será outra, depois do governo Alcides. Outra, mas muito melhor, porque o governo Alcides Rodrigues investiu em armamentos, na valorização dos servidores e em equipamentos. Nós estamos fazendo a maior entrega de viaturas do Estado de Goiás. O governo Alcides, em quatro anos, dobrou os investimentos em Segurança Pública. Então, isso nós traz a certeza de que estamos no caminho certo, mas que ainda temos que empreender todos os esforços possíveis no sentido de vencer essa demanda permanente por Segurança Pública.

DN - No caso específico de Niquelândia, as viaturas entregues à Polícia Militar são carros de passeio da Fiat, do modelo Palio. Antes de sua chegada à cidade, o prefeito Ronan Batista (PTB), disse ao DN que as novas viaturas são inadequadas para a demanda por segurança na zona rural no maior município do Estado em área territorial. Isso não exigiria, no mínimo, a entrega de caminhonetes com tração nas quatro rodas para a PM da cidade?
Roller - Muito bem. Vamos lá. Dizem que o Brasil tem quase 200 milhões de técnicos de futebol. E eu percebo que também temos quase 200 milhões de técnicos em Segurança Pública. Os que criticam, certamente, não têm conhecimento da atividade de Segurança Pública, do policiamento preventivo e ostensivo. Nós estamos entregando quatro viaturas zero quilômetro, locadas, o que significa dizer que estarão sempre em perfeitas condições de uso e funcionamento. Se bater, estragar, é problema da empresa locadora, que terá de repor o veículo num prazo de 24 horas. No caso da extensão territorial, não é um veículo traçado que vai garantir o patrulhamento, mas sim a presença do efetivo e e a disponibilidade de uma viatura em perfeitas condições. Os critérios (de escolha dos carros) são técnicos na avaliação e na distribuição dessas viaturas em todo o Estado de Goiás. Niquelândia é uma cidade importante e recebe esse incremento como forma de garantir paz e tranquilidade para todos os seus moradores.
Euclides Oliveira

Jornal Diário do Norte

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