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sérgio caiado

‘Sandes Jr. é o nome em Goiânia’

Presidente do PP admite que Goiás é o Estado que, proporcionalmente, mais deve em todo País, mas em breve a crise vai passar e Alcides dará a volta por cima


Publicado em 12 Agosto 2007

João Carvalho - Brasília

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íris roberto
Sérgio Caiado avisa que o PP terá candidato próprio em todas as cidades do Estado e Sandes Júnior é o candidato do partido para disputar o Paço
Sérgio Caiado avisa que o PP terá candidato próprio em todas as cidades do Estado e Sandes Júnior é o candidato do partido para disputar o Paço
De fala fácil e serena, o presidente do PP de Goiás, Sérgio Caiado, tem a experiência política como forte aliada. Egresso do extinto PDS, ele nunca mudou de lado, mesmo que a antiga sigla que deu sustentação ao regime militar tenha mudado de nome em várias ocasiões. Depois de Ary Valadão, essa é a primeira vez que ele está num partido cujo governador é o seu filiado mais ilustre e influente. E é com base na importância de Alcides Rodrigues e na força do poder que ele diz, com tranquilidade, que o PP terá candidato em todas as cidades do Estado. Goiânia está dentro das suas pretensões eleitorais, que ganham força com o trabalho que ele realiza para organizar e fortalecer a legenda para 2008. Sérgio Caiado alerta que a sucessão na capital passa por Sandes Júnior, o candidato natural do PP. Frisa que não sabe se haverá consenso dentro da base aliada, mas está disposto a discutir com as demais siglas. Não vê problemas na crise que o Estado enfrenta e diz que logo Alcides vai superar o atual quadro e colocar Goiás numa situação bem melhor. A entrevista foi dada no gabinete de Sandes Júnior, em Brasília. [b]Diário do Norte[/b] – O PP terá candidato próprio nas eleições em Goiânia, em 2008? [b]Sérgio Caiado[/b] – O PP terá candidato em todos os municípios. Nós estamos num trabalho que inclusive está sendo afunilado agora. Ele (o trabalho) consiste em constituir as comissões provisórias e, consequentemente, os diretórios, em todos os 246 municípios goianos. O PP é um partido de tradição em Goiás. Ao lado do PMDB, é o partido que tem o maior número de filiados e vem de uma tradição oriunda do PDS, tendo adotado vários nomes. É o partido do governador Alcides Rodrigues, que vem colocando as finanças do Estado em ordem, além de aprimorar as questões sociais e administrativas. Tenho certeza que ele será um grande governador para Goiás. E o PP está dentro desse contexto através do governador, dos secretários e dos novos auxiliares que virão. E tudo isso influi para que partido cresça no Estado. [B]DN[/B] – O senhor fala que o PP terá candidato próprio em todas as cidades. Isso significa que o partido terá representante nas eleições de Goiânia. De que maneira o senhor pretende discutir essa candidatura com a base aliada? [b]Sérgio Caiado[/b] – Não posso falar pelos outros partidos. Mas o Congresso Nacional pode votar a qualquer momento a reforma política. Dentro desse contexto, as coligações podem ser proibidas, apesar de não sabermos ainda se essa medida será aprovada. Se não pudermos coligar, todo partido terá que lançar candidato próprio. [B]DN[/B] – Qual é a posição pessoal do senhor em relação aos acertos com a base aliada? [b]Sérgio Caiado[/b] – A minha posição pessoal é que o PP tenha candidato e o nosso candidato é o deputado Sandes Júnior. Ele está entre os três melhores candidatos na disputa pelo Paço segundo todas as pesquisas de intenção de voto. [B]DN[/B] – Em 2004 ele estava bem posicionado nas pesquisas, mas sequer foi para o segundo turno das eleições. O que pode ser diferente em 2008? [b]Sérgio Caiado[/b] – Na época ele deixou de passar para o segundo turno porque lhe faltou 1%. Pedro Wilson foi o segundo colocado com uma vantagem de apenas um por cento. Mas a realidade de uma eleição não se repete na seguinte. Na época nós não tínhamos o governador. E hoje nós temos. Isso pode ajudar muito o Sandes e o partido. [B]DN[/B] – Isso significa que na época faltou apoio do governador Marconi Perillo? [b]Sérgio Caiado[/b] – Não afirmo que faltou apoio do governador. Mas somente o fato dele não ser da mesma sigla, isso pode confundir um pouco a cabeça do eleitor. O fato do Alcides ser do PP pode ajudar. Termos o governador do partido nos assegura um respaldo natural. As lideranças e os candidatos a vereador ajudam mais. E também pode haver uma composição. Isso não está descartado. Agora, eu tenho certeza de que o PP vai participar da chapa. Se houver uma chapa de segundo turno, o PP estará nela. [B]DN[/B] – Quando o senhor fala que o PP vai estar na chapa, isso significa que o partido pleiteia a cabeça de chapa numa eventual coligação? [b]Sérgio Caiado[/b] – O PP tem dois grandes pesos. Um é o apoio do governo e do governador, que teve uma excelente votação em Goiânia. O outro peso é o próprio deputado Sandes Júnior, que tem uma liderança expressiva. Em qualquer lado que ele estiver, ele terá pelo menos 50 mil votos. E isso não pode ser desprezado por partido nenhum. [B]DN[/B] – O senhor falou da situação do Estado e das dificuldades. Quem é o responsável por tudo isso? [b]Sérgio Caiado[/b] – Nunca fiz esse levantamento. Nunca ocupei secretaria ligada à área econômica. Eu acompanho o desenrolar das dívidas. Mas quando eu era deputado estadual, na época do Ari Valadão, ele deixou o governo e existia uma dívida de US$ 300 mil. E hoje a dívida do Estado é de mais de U$S 10 bilhões. Tenho impressão que foram vários governos que produziram a dívida. [B]DN[/B] – O déficit de R$ 100 milhões mensais está relacionado diretamente com a dívida? Afinal, no ano passado o governo não admitia ter esse problema de prejuízo nas suas contas. [b]Sérgio Caiado[/b] – É verdade. A dívida existe. Goiás é, proporcionalmente, o Estado que mais deve no País. Paga R$ 100 milhões de juros. Só de juros. E hoje a luta do governador é para, pelo menos, diminuir esses juros, afinal trata-se de uma quantia exorbitante para qualquer estado, especialmente para Goiás. E o que é pior, os pagamentos não amortizam a dívida. Ao contrário, ela aumenta. E nós temos que dar um basta nisso. O governador tem feito esse trabalho, para reduzir o impacto desse juro sobre o pagamento da dívida. Essa ação pode melhorar as condições do governo. [B]DN[/B] – Ele está buscando isso (reduzir o percentual de pagamento das dívidas), mas até o momento o governo federal não sinalizou com nada. Alcides Rodrigues corre o risco de ficar quatro anos apenas pagando a folha de pagamento dos servidores? [b]Sérgio Caiado[/b] – Não. Isso não vai ocorrer. Independente dessa negociação, o Estado tem buscado financiamentos internacionais. Há uma progressão contínua no aumento da arrecadação. Novas indústrias têm chegado a Goiás. E não são apenas indústrias ligadas ao agronegócio, mas ganhamos também uma montadora. Então, o crescimento econômico do Estado é uma realidade. E isso graças ao trabalho do governador em permitir o crescimento econômico do Estado com várias ações. Só posso dizer uma coisa, ninguém segura Goiás. Daqui a três anos o Estado não será mais o mesmo. Agora, o momento atual é de conter. O governo é como um carro, temos que acelerar e também frear. Não podemos o tempo todo frear o carro e nem tampouco acelerar. O governador Alcides tem trabalhando com equilíbrio e sensatez. E eu considero que esse é o primeiro ano dele. Agora é que ele está colocando a casa em ordem. E tem outro detalhe, foi eleito dentro de um processo que envolve vários partidos. Ele não se elegeu sozinho. Ele representa uma base aliada e não pode criar celeumas políticos dentro dessa base. Tem que atender os compromissos políticos porque ele é um político e precisa do respaldo político até para administrar bem.

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