Publicado em 13 Janeiro 2008
EUCLIDES OLIVEIRA
DN – Quais são as previsões para este ano? O que a população pode esperar?
Ronan – Recebemos grande apoio em Brasília do deputado (federal) Jovair Arantes (PTB), que foi de suma importância para o nosso município, para que possamos ter uma praia artificial à beira do Lago Serra da Mesa, um Cine Teatro, um bosque e o asfaltamento dos povoados Faz Tudo e Quebra Linha. São coisas que conseguimos via Brasília. Essa parceria é um trabalho muito importante. Temos um relacionamento muito bom e positivo com o governador Alcides (Rodrigues, do PP)
DN – O senhor disputará a reeleição?
Ronan – Vou continuar trabalhando normalmente, fazendo obras. Ainda vamos analisar a questão política. Temos vários partidos e, no momento certo, as nove legendas que hoje estão conosco decidirão por um nome. Todos têm nomes, grandes nomes. E eu faço parte desses nomes. Quem estiver melhor, será o candidato, apoiado por todos nós. Por enquanto, ainda estou planejando grandes obras para Niquelândia, em 2008.
DN – Numa eventual candidatura, quais seriam as principais bandeiras da campanha do senhor?
Ronan – Obras, renovação política e de planejamento, para colocarmos Niquelândia num segmento diferenciado. Niquelândia viveu o tempo todo do níquel, ao longo desses anos. Um dia o níquel vai acabar e precisamos abrir novas fronteiras. Nesse mês, vou me reunir com os empresários que desejam instalar uma usina de álcool em Niquelândia, o que será fundamental para o nosso município. Temos cerca de 51 mil hectares de terras boas, o que daria para montar duas usinas de álcool. Elas gerariam muitos empregos e diversificariam o nosso mercado de trabalho. Queremos também incentivar o turismo.
DN – Quem deverá ser o principal adversário do senhor?
Ronan – Existem grandes nomes, que estão com vontade e que podem ser candidatos. Temos aí o Evaldo Rincon, que é um bom nome; o Aristeu de Lima, outro bom nome; e o Wilton Guimarães (seu ex-secretário de Finanças), que também é um bom nome; e o José Antonio (da Caixa, atual titular da pasta), além de alguns vereadores, que também estão pleiteando isso. São pessoas que realmente têm potencial e Niquelândia precisa dessa renovação. E eu, daqui 'uns dias', estarei passando (a cadeira de prefeito), pois estou buscando outra cadeira para mim.
DN – Outra cadeira aonde? No Congresso Nacional ou na Assembléia Legislativa do Estado?
Ronan – Isso ainda vai depender de várias coisas. Mas eu penso grande.
DN – Antes de pensar em se tornar deputado, o senhor terá que pensar em um vice-prefeito para sucedê-lo. Que perfil precisa ter o postulante para compor da chapa do senhor, neste ano?
Ronan – O vice será o nome que melhor se adequar, tanto em termos de pesquisa como no caso de ser uma pessoa que tenha condições de aglutinar e de discutir com as pessoas, para unir todos. O vice terá que ter um perfil aglutinador.
DN – No Fórum Intercâmbio, a Anglo American anunciou que 100% do minério hoje processado em Niquelândia é retirado das minas que a multinacional possui em Barro Alto. Isso preocupa o senhor?
Ronan – Em parte sim. Hoje, eles trabalham com determinado teor de minério. Enquanto a usina de Barro Alto estiver funcionando, enquanto existir níquel, a Codemin também funcionará em Niquelândia, pois foi montada toda uma logística de transporte. Pelos próximos 15 a 20 anos, a Anglo American continuará com suas operações em Niquelândia.
DN – O senhor espera ter a presença do governador Alcides Rodrigues no seu palanque este ano?
Ronan – Espero e tenho certeza absoluta disso. Não apenas ele (Cidinho), mas também o senador Marconi (Perillo, ex governador de Goiás), Jovair Arantes; e toda a equipe do Tempo Novo.
DN – Está satisfeito com as ações do governo Alcides em Niquelândia? Ou esperava mais obras neste primeiro ano de mandato dele no comando do Estado?
Ronan – Ainda não tive nenhum respaldo do governador Alcides no que diz respeito às obras. Porém, estou tendo apoio. Ele está sempre de portas abertas para conversar comigo. O nosso objetivo, neste ano, é continuar essa conversa, com a expectativa de arrumar alguma coisa (obras) para a nossa cidade. Confio nele, que é um grande governador, que está trabalhando e se organizando para deixar sua marca aqui.
DN – O fim da CPMF pode representar o fim do sonho do hospital regional no Norte, a ser instalado em Uruaçu?
Ronan – Acredito que não, na minha visão, pois sou muito otimista. Vejo que o governo Lula, que está indo bem, não irá se abater (com o término da CPMF). Esse projeto do hospital para o Norte vai continuar, até porque existe um interesse de Goiânia, que entende que o nosso hospital pode desafogar o Hospital de Urgências (Hugo) da capital. É um trabalho de inteligência, muito fácil de entender. Além de importante para nós, do Norte, esse hospital aqui também será importante para Goiânia.
DN – Em várias situações, principalmente em inaugurações de obras, o senhor tem mandado contundentes recados para seus opositores. O que o senhor quer dizer com esses comentários, ainda que indiretos?
Ronan – A minha mensagem é sempre positiva, de paz. Nós temos que unir e, neste ano, quem estiver melhor vai ganhar a eleição e vai ser o prefeito. Nós não podemos nos pautar com ataques e denuncismos, na linha do 'quanto pior, melhor', simplesmente para prejudicar o outro. Agora, é inegável que nós fizemos obras, que estão aí. Os benefícios estão chegando aos niquelandenses. E eu quero o apoio de todo mundo, não quero brigar, não quero problemas com ninguém. Quero que 'essas pessoas' venham até mim e usem da mesma inteligência que demonstram, talvez, em suas reuniões, para me ajudar, para apontar qual o caminho. Estou pronto a receber qualquer um, quero parcerias, pois tenho humildade para isso.
DN – A revogação da Lei Seca foi boa ou ruim para Niquelândia? Por que?
Ronan – Ainda não dá para fazermos essa análise, por enquanto. Eu não estou sabendo de nenhum fato astronômico, parece que estamos mantendo uma certa tranqüilidade, pois não estamos tendo a violência como muita gente achava que ocorreria novamente. Mas a Lei Seca tinha que, talvez, ser revista e olhada com mais tranqüilidade. Eu, pessoalmente, não era contra a Lei Seca. Mas a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil, presidida pelo procurador do município, Carlos Godoi) e alguns comerciantes entenderam a que medida estava sendo prejudicial.
DN – No ano que passou, o senhor foi afastado do cargo duas vezes pelo Poder Judiciário, por razões bastante distintas. Qual foi a sensação de estar longe do poder, ainda que por curtos períodos?
Ronan – É uma coisa muito cruel, que machuca muito a gente. Você tem bons projetos, boas intenções, você quer fazer, mas você também tem que saber que a prefeitura é muito grande e que você é um ser humano comum. Foi a pior fase em toda a minha vida. Não desejo isso para ninguém. Espero que isso não aconteça nunca mais. Não pelo 'eu', Ronan, mas pela cidade em si. As pessoas ficam com medo da indefinição, da continuidade (do mandato). E eu sei que posso e estou fazendo o bem para Niquelândia, onde ainda há muita coisa para acontecer. Quero terminar o meu mandato com tranqüilidade e eu preciso disso para trabalhar, o que não ocorreu nos últimos dois anos. Desde quando assumi, enfrento problemas com perseguições e ameaças, para desestabilizar a minha cabeça e a minha vontade de pensar grande, de correr atrás das coisas. Quem trabalha comigo me conhece. Estou realmente envolvido com essa minha fase de prefeito, vivendo-a com muito amor e carinho e sempre pedindo para Deus, todos os dias, para me dar sabedoria para fazer uma boa administração para Niquelândia.
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