Publicado em 24 Fevereiro 2008
Diário do Norte – O PTB está fora da base aliada, conforme o senhor antecipou no final do ano passando, quando determinou prazo para escolha do candidato da base?
Jovair Arantes – O PTB está fora de ter compromisso anterior. Estamos absolutamente liberados para discutir e buscar a possibilidade de termos ações de acordo com o interesse do partido. Não temos atrelamento a nenhum partido político para essas eleições municipais em nenhum município. Portanto, nossa ação será nessa direção, de discutir o que é importante para o partido em cada município, a partir de Goiânia e também lançarmos candidaturas e apoiarmos as legendas que forem mais interessantes para o PTB.
DN – Em Goiânia o que é melhor para o partido?
Jovair – Vamos iniciar um ciclo de debates agora no mês de fevereiro e março. E no mês de abril vamos decidiu que caminho seguir. Vamos ouvir as lideranças durante os próximos dois meses para decidir o melhor caminho a seguir. Vamos apoiar alguém ou sair com candidatura própria. É possível que a gente tenha candidatura própria.
DN – O PTB está liberado para fazer alianças no interior com quem entender ser melhor?
Jovair – Sim. A questão dos partidos políticos no interior têm suas próprias características. E temos que respeitar isso. Por essa razão, nós entendemos que é preciso liberar o partido no interior. E será lá no convívio de cada um é que haverá a decisão. Os diretórios livremente vão decidir o que for melhor.
DN – Qual é a tendência em Goiânia: o senhor mantém a sua candidatura ou o PTB pode apresentar um outro nome?
Jovair – Não posso retirar minha candidatura porque foi o partido quem lançou. Se tiver que tirar candidatura, será o partido quem vai retirar, não eu. Por isso que disse que faremos um ciclo intenso de debates entre os candidatos a vereador e com representantes dos partidos da base, além dos segmentos organizados da cidade para definirmos o nosso futuro.
DN – O senhor ainda acredita na união da base aliada em Goiânia?
Jovair – O deputado Sandro Mabel falou recentemente, e a sua entrevista provocou um certo furor, que é difícil fazer base aliada para as eleições municipais. Os problemas são variados. E em Goiânia nós temos também essa dificuldade. E o PTB está chateado porque para a base aliada só tem um partido que serve, que é o PSDB. Nós não queremos mais embarcar em canoa pré-estabelecida. Queremos discutir. Nós solicitamos ao Alcides (Rodrigues) e ao Marconi (Perillo) no ano passado que eles definissem as regras para a gente escolher o candidato, mas que isso ocorresse de forma democrática. Na medida que isso não aconteceu, agora estamos liberados para caminhar na direção que entendermos ser a melhor. O que é importante dizer é que no PTB não tem cizânia e não tem disputa que nos coloque numa condição de não podermos coligar com nenhum partido em Goiânia.
DN – Que análise o senhor faz da briga entre Lúcia Vânia e Marconi Perillo?
Jovair – É uma crise provocada pela própria senadora Lúcia Vânia. Ela, de uma forma equivocada, deixou de colocar emendas importantes para Goiás. E isso não aconteceu somente com o senador Marconi Perillo. No meu caso, eu tinha uma emenda na Comissão de Trabalho que seria para beneficiar Goiás. As emendas de comissão têm caráter nacional. Mas por ter esse caráter, você pode destinar recursos para os estados. Então eu tinha uma grande emenda que destinaria recursos para Goiás. E ela deixou de colocar essa emenda por uma birra pessoal, uma coisa que não nos convenceu. Estou no orçamento há muitos anos e conheço muito bem o seu funcionamento e sei que ela poderia muito bem ter atendido o pleito do senador Marconi e também de outros parlamentares que também estão insatisfeitos com ela. Trata-se de uma decisão dela que eu respeito, mas não concordo.
DN – Ela ameaçou deixar o PSDB, o PTB receberia ela?
Jovair – O PTB é um partido que está crescendo e busca nomes importantes. A senadora é um grande nome no Brasil e em Goiás. Se ela buscar guarida no PTB nós vamos discutir com o partido sobre a sua vinda. O que eu não posso é fazer o papel de dono do partido e dizer que eu vou convidá-la e pronto. Temos que discutir.
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