Publicado em 14 Janeiro 2019
Juvenal Júnior e João Carvalho
Aliado do governador Ronaldo Caiado desde sempre, Marcos Cabral deixou a Prefeitura de Santa Terezinha de Goiás no final de dezembro de 2018 para assumir a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Cidadania). Até aí tudo bem. Ele seria (e é) o nome do Norte do Estado e do Vale do São Patrício no primeiro escalão do Governo que se inicia. Mas duas semanas à frente da Pasta e Cabral já descobriu que tarefa não será nada fácil. O governo anterior deixou uma dívida enorme com os beneficiários dos inúmeros programais sociais existentes. Cabral falou com o Diário do Norte e informou que está fazendo levantamento de tudo na secretaria e que fará também recadastramento das famílias beneficiadas. Esse trabalho visa, segundo ele, ativar os programas sociais e ampliar o atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade social. Cabral não deixou claro sobre os meses que não foram pagos às famílias, cerca de 100 mil que hoje estão incluídas nos cadastros da Pasta. Na semana passada, durante a entrevista, Cabral informou que estava requisitando servidores para voltarem às suas secretarias de origem, além solicitar o retorno de mais de 50 veículos ao pátio da secretaria, na Praça Cívica. Entre um atendimento e outro, Cabral falou com o Diário do Norte na semana passada. Veja e íntegra da entrevista.
Diário do Norte – O senhor já concluiu o levantamento sobre a situação da sua secretaria?
Marcos Cabral – Estamos fazendo um levantamento de todos os programas sociais. Faremos um novo cadastro para dar início a um novo trabalho. Vamos fazer também levantamento na parte de servidores e aqueles que estão em desvio de função deverão retornar para suas pastas específicas. Essa regra se aplica também em todos os contratos existentes, nos veículos que estão à disposição da secretaria e os que não serão devolvidos para o Estado.
DN – Em quanto tempo o senhor espera fazer esse recadastramento?
Marcos Cabral – Esse trabalho será concluído em 45 dias.
DN – Após o recadastramento, qual será o próximo passo?
Marcos Cabral – O objetivo do recadastramento é identificar possíveis fraudes, levantar as famílias que realmente necessitam do benefício e, posteriormente, melhorar ainda mais o atendimento ao público.
DN – Os programas estão todos paralisados?
Marcos Cabral – Os programas vão passar por um recadastramento. Mas enquanto isso, eles continuam, mas com uma nova roupagem.
DN – O senhor tem afirmado que a meta é cortar gastos, mas por outro lado tem dito que vai ampliar os benefícios. Como essa conta vai fechar?
Marcos Cabral – Esse é o 'x' da questão. Por meio do recadastramento, vamos fazer uma grande economia, o que vai nos ajudar a fazer a inclusão de novas famílias aos programas sociais. O nosso compromisso é melhorar os serviços e, ao mesmo tempo, ampliá-los.
DN – Como está a situação dos programas. Estão todos com os pagamentos em dia?
Marcos Cabral – Hoje, todos os programas sociais estão em atraso. Alguns deles com até sete meses de atraso. Inclusive com os fornecedores.
DN – Quantos beneficiados são assistidos pelos programas?
Marcos Cabral – 100 mil
DN – O principal objetivo do recadastramento é levantar fraudes?
Marcos Cabral – Também. O recadastramento serve para termos uma real situação dos programas. Somente depois desse recadastramento é que vamos direcionar a inclusão de mais famílias, em especial aquelas em situação de vulnerabilidade.
DN – Qual é custo da secretaria para o governo do Estado?
Marcos Cabral – Como não houve transição de nenhuma informação, os nossos técnicos estão levantando esses dados. Esperamos poder concluir todos esses dados em até 20 dias. E também esperamos economizar pelo menos um milhão de reais por mês após esse recadastramento.
DN – Esses sete meses que estão em atraso, o atual governo vai quitar essa dívida com as famílias?
Marcos Cabral – Nós vamos iniciar uma nova gestão, um novo programa com uma nova roupagem para dar início a uma nova etapa.
Luiz Teixeira Chaves prevê o caos
As explicações para a derrota em Porangatu
‘O PT terá candidato próprio na sucessão de 2014’
Já falei com o Marconi para mudar o hospital
‘O PSD é um instrumento acéfalo e pragmático, uma sublegenda’
Vitória depois de uma campanha franciscana
Vitória depois de uma campanha franciscana
Balanço positivo das eleições municipais 2016
Trabalho para sair da crise
Trabalho para sair da crise