Publicado em 10 Agosto 2008
Ademir Cardoso dos Santos, prefeito de São Miguel do Araguaia e candidato à reeleição, não gosta de falar de política no campo das probabilidades. Ele tem certeza absoluta de vitória nas eleições do dia 5 de outubro. “Lá não tem eventualidade de vitória. Lá eu tenho certeza da vitória”, avisa. Ademir, que assumiu a prefeitura após a morte de Adaílton do Amaral (vítima de problemas no coração), afirma que o progresso da cidade não pode parar e que faz parte do seu projeto de governo a geração de políticas públicas que assegurem empregos aos jovens. Ademir informa que terá no seu palanque o apoio de 16 partidos, e que esse número de apoiadores só foi possível graças seriedade das suas propostas e da sua administração. Ademir conta que não trabalhou para ser candidato único no município, mas terá apoio de todos os ex-prefeitos da cidade que residem no município. Sobre o pedido de impugnação da sua candidatura, ele tranquiliza os eleitores afirmando que não existe nenhum problema com suas contas à frente da Câmara Municipal. E mais, ataca o Ministério Público afirmando que houve excesso por parte do promotor que pediu o indeferimento do seu registro de candidato. Finalmente, Ademir ataca com veemência a empresa Araguarina, que faz o transporte de passageiros entre Goiânia e São Miguel. Segundo o prefeito, a Araguarina é o símbolo maior da desorganização e da falta de respeito com a população.
Diário do Norte – O senhor disputa a reeleição este ano. Diante de uma eventual vitória, qual será a sua plataforma de governo para administrar a cidade nos próximos quatro anos?
Ademir Cardoso dos Santos – Em São Miguel não tem eventualidade de vitória. Lá eu tenho certeza da vitória. Lá eu vou ganhar a eleição, se Deus quiser. Estou disputando para ganhar e nosso trabalho é arrojado. Quem acompanha o nosso trabalho vê a seriedade dessa administração, que conta com apoio do governador do Estado, Alcides Rodrigues. Temos também apoio do governo federal, da deputada estadual Betinha Tejota, do secretário de Estado Sérgio Caiado (Seinfra); do secretário de Segurança Pública, Ernesto Roller; então estamos trabalhando para ganhar mesmo. Pelo nosso trabalho realizado, tenho essa vitória concretizada. Hoje tenho 16 partidos na minha coligação e 62 candidatos a vereador. Tenho todos os ex-prefeitos que residem em São Miguel do Araguaia me apoiando. Com esse trabalho vamos ganhar as eleições.
DN – O que foi determinante para que o senhor obtivesse apoio de 16 partidos?
Ademir – O nosso trabalho arrojado. Nós conseguimos mostrar para a comunidade de São Miguel do Araguaia, para os políticos da cidade, governo e secretários de Estado, que além do trabalho arrojado que o Adaílton (Adaílton do Amaral - ex-prefeito já falecido) vinha realizando na administração, eu, num período de um ano e um mês que assumi a prefeitura, mostrei capacidade de administrar a cidade muito bem. Também temos grandes obras que estamos realizando, como a BR-080, que liga Brasília a Luiz Alves. Agora outra grande conquista que é a ponte do Rio Araguaia, que vai ligar Goiás ao Mato Grosso através da BR-080. Com tudo isso, nós conseguimos mostrar para a comunidade que temos capacidade para administrar São Miguel e administrar bem, com muita seriedade, honestidade e transparência. Isso fez com que os partidos políticos, especialmente os companheiros que eram pré-candidatos, entendessem que era melhor somar conosco para darmos a continuidade no plataforma de administrar bem São Miguel.
DN – O senhor pretende apresentar a plataforma de governo para a sociedade quando?
Ademir – Nossa plataforma contempla dar continuidade no progresso de São Miguel. Faremos um projeto administrativo para o próximo mandato. Nossa equipe está realizando esse projeto. Mas posso adiantar que nosso trabalho é tentar levar para São Miguel mais empresas, mais indústrias para gerar mais empregos. Esse é um problema no município, a falta de empregos. Com esse grande avanço que São Miguel teve nos últimos anos, agora é possível partir para a geração de empregos. Temos agora, para a segunda quinzena de setembro, a inauguração do frigorífico que está sendo construído na cidade. Só com esse novo investimento nós teremos mais mil novos empregos em São Miguel.
DN – O senhor espera o governador Alcides Rodrigues no seu palanque?
Ademir – Eu não espero que ele esteja no meu palanque. Eu tenho certeza que ele vai no meu palanque. Além de ser candidato, eu sou o prefeito da cidade e sou do PP. Tenho certeza de que o governador, vendo o nosso esforço e luta, vai nos apoiar. E ele, no período de um ano, já esteve no nosso município em três ocasiões diferentes e igualmente importantes, sempre levando obras e assinando ordens de serviço. Então, para ele nos dar apoio, não será nenhum problema.
DN – O senhor apóia as restrições e proibições impostas pela legislação eleitoral aos candidatos?
Ademir – Com certeza. Acho que aí começa a moralidade de tudo. Só quem não apóia é quem quer fazer uma administração desonesta. É quem quer fazer uma administração para se enriquecer. E não é o meu caso. Eu apoio toda medida que a Justiça Eleitoral implantar para as campanhas.
DN – A campanha em São Miguel começou com pedido de impugnação. Como é que essa situação vai terminar?
Ademir – Esse pedido de impugnação é apenas um problema de interpretação. Isso ocorreu porque eu fui presidente da Câmara Municipal durante dois anos. Então, eu tenho 24 balancetes que estavam sendo julgados no Tribunal de Contas. E antes de julgar o último balancete meu, se não me engano de dezembro, aí eu não sei qual foi a influência e o caminho que tomou que o Ministério Público do Tribunal de Contas fez uma denúncia para que esse balancete fosse rejeitado. E fez para o Tribunal de Justiça. Então, quando essa denúncia chegou no Tribunal de Justiça. E eu não sabia da existência dela, mas ocorreu que em razão dela uma certidão minha acabou saindo positiva. E eu não entendi porque saiu positiva, afinal todos os meus balancetes, de janeiro de 2003 a dezembro de 2004, foram aprovados pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Na minha gestão os balancetes não eram julgados pela câmara. Hoje é que voltou a ser julgado pela câmara.
DN – O senhor entende que houve excesso por parte do Ministério Público?
Ademir – Com certeza. Com certeza absoluta. Não tenho a menor dúvida sobre isso. Mas nós já entramos com recurso no Tribunal de Justiça para que a minha certidão fique negativa. Se eu não devo nada, porque o meu nome está ali? Cabe ao Tribunal de Justiça rever a situação. Lá estão todos os documentos necessários para regularizar essa situação. Não vejo nenhum problema.
DN – Qual será o nível da campanha em São Miguel?
Ademir – Do meu lado não haverá ataques. Do meu lado não há motivo de ter ataques. Não preciso atacar a minha adversária. Não tenho motivos para isso.
DN – O senhor espera esse comportamento por parte dela?
Ademir – Isso somente ela é quem pode responder. Não posso responder por ela. Eu respondo por mim. Tenho respeito grande por ela. Ela merece o meu respeito e as minhas considerações. Agora eu tenho é que falar das minhas obras, que todos conhecem.
DN – Por muito pouco o senhor seria candidato único na cidade. O que faltou para que isso acontecesse?
Ademir – Não busquei isso. Acho que a disputa é saudável.
DN – O que é possível fazer para se evitar novos acidentes com ônibus da Araguarina na Região do Vale do Araguaia?
Ademir – Eu gostaria de sugerir mais responsabilidade da empresa. Esse é o primeiro passo, é a empresa ter mais responsabilidade e atender melhor os seus passageiros. Eu mesmo sou testemunha dos problemas que o passageiro enfrenta com essa empresa. Não faz muito tempo, fui pegar um ônibus para São Miguel e logo na saída, dentro da rodoviária de Goiânia, o veículo quebrou. Quebrou na plataforma da rodoviária. Foi preciso esperar mais uma hora para embarcar em outro veículo. Há uma falta de responsabilidade muito grande por parte da empresa. Falta respeito com a comunidade. Perdemos muitas vidas em razão dessa irresponsabilidade. Falta manutenção e de condições para os motoristas. Depois que se mata e que se morre é que eles resolvem colocar mais motoristas para viajar. Eles precisam entender que o motorista tem o seu limite. O ser humano também cansa diante de carga excessiva de trabalho. A população de São Miguel já fez um manifesto contra a empresa. Faremos outra. E, se for possível, nós vamos bloquear as condições da empresa de ir para São Miguel. Eles são tão irresponsáveis que os ônibus vivem é no meio da rua em São Miguel. Não há um ponto de apoio. Não uma garagem para fazer manutenção nos veículos em São Miguel. Os mecânicos trabalham é no meio da rua. Isso não existe. Esse é um caso em que o Ministério Público deveria intervir. Aí, sim, o MP deve entrar e punir os irresponsáveis, sejam eles quem for.
DN – Nesse caso não falta fiscalização por parte dos órgãos do governo do Estado responsáveis por essa área?
Ademir – Posso até concordar com essa colocação. Mas o principal responsável é a empresa, que tem lucros, se enriquece e não toma nenhum tipo de providência para melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à nossa comunidade. Também acredito que a fiscalização, mas esse trabalho poderia ser mais intenso junto a essas empresas.
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