Publicado em 24 Janeiro 2016
Com quase 1 milhão de votos nas eleições ao Senado de 2014, Vilmar Rocha surpreendeu o mundo político com a expressiva votação na disputa com Ronaldo Caiado. Ele não se elegeu para a única vaga destinado ao Senado, mas se fortaleceu politicamente e hoje não teme expor o seu pensamento sobre o processo eleitoral de 2018. Segundo Vilmar Rocha, está em aberto. Não há candidatos naturais. Quem quiser se habilitar para disputar o Governo do Estado e as duas vagas ao Senado terá que construir essa candidatura. Vilmar diz que essa regra vale para ele também, que pretende postular novamente uma cadeira no Senado. E mais, questiona a capacidade de Aécio Neves de liderar as oposições, candidato tucano derrotado para o PT nas eleições presidenciais de 2014. Segundo Vilmar, o mineiro Aécio também não é o candidato natural das oposições para a presidência. Finalmente, Vilmar aproveita para dizer que o seu partido, o PSD, terá candidato à Prefeitura de Goiânia. Hoje são dois pré-candidatos: Francisco Júnior e Virmondes Cruvinel Jr.
Diário do Norte – Aécio Neves não é mais o candidato natural do PSDB para as eleições de 2018, para fazer frente ao PT?
Vilmar Rocha – Olha a eleição presidencial de 2018 ainda está distante, mas eu considero que o quadro ainda está em aberto. Não existe candidato natural da oposição. O desempenho do Aécio na liderança da oposição pós-eleições de 2014 não foi satisfatório. Ele não conseguiu liderar a oposição e criar uma alternativa e uma agenda para o País. Ele realmente não foi bem. Com isso ele perdeu muito a chance de uma candidatura natural em 2018. Ele pode até ser candidato, mas não é a única e não é uma candidatura natural.
DN – A alternativa da oposição virá do PSDB?
Vilmar Rocha – Acredito que não. Vão haver muitas mudanças até 2018 no plano nacional. E qualquer tipo de candidatura para 2018 no plano nacional tem que ser construída até lá. Não existe nada de candidatura natural. A mesma coisa acontece aqui em Goiás.
DN – O senhor entende que o processo em Goiás está aberto?
Vilmar Rocha – Está aberto e é diferente de 2011, porque naquele ano a gente tinha a candidatura natural do governador Marconi Perillo à reeleição. Durante quatro anos nós sustentamos essa tese de que ele seria o candidato natural.
DN – E o processo sucessório para o Senado, o senhor acha que também está em aberto?
Vilmar Rocha – Eu sou candidato natural a senador em 2018 dentro da base aliada? Não. Acredito que não. E olha que eu fui o único candidato da base em 2014 e tive um excelente desempenho com quase 1 milhão de votos. E não me considero candidato natural em 2018 na disputa ao Senado, mesmo tendo duas vagas. Eu tenho que construir isso para 2018. Da mesma forma se eu desejar disputar a candidatura de governador ou se uma liderança da nossa base se colocar como candidato, esse processo tem que ser construído. Não existe candidatura natural da base nem para governador e nem para senador para 2018. Em Goiás está em aberto esse processo. A mesma lógica se aplica ao plano nacional. A eleição municipal de 2016 não será um balizamento definitivo para 2018. Ela vai dar uma diretriz, mas não é definitivo também. Está em aberto o quadro para 2018. E em Goiânia a base poderá ter de dois a três nomes. Inclusive o PSD vai apresentar o seu candidato. Temos dois nomes e vamos definir com um. Também temos o caso de Niquelândia. Nosso candidato lá é o prefeito Luiz Teixeira. Esse está definido. Então em algumas cidades já temos candidatos naturais. Normalmente quando o prefeito é candidato à reeleição, ele se torna o candidato natural. Isso não ocorre em Goiânia.
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