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Adailton

O Norte pede participação

Prefeito diz que ainda não pensa nas eleições e cobra espaço no governo de Alcides Rodrigues


Publicado em 20 Maio 2007

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Gil Bueno
O prefeito Adailton do Amaral e o diretor da Bionorte Wagner Calicchio de Campos: novos investimentos
O prefeito Adailton do Amaral e o diretor da Bionorte Wagner Calicchio de Campos: novos investimentos
O prefeito Adailton do Amaral (PSDB), de São Miguel do Araguaia, ainda não definiu seu futuro político para 2008, mas acredita que, sob seu governo, o município está no caminho da prosperidade. Com três grandes obras sendo concluídas ainda este ano: uma indústria de biodiesel, um frigorífico e um laticínio, o prefeito analisa que outras empresas serão atraídas após o início das operações. Elogiando o trabalho do conterrâneo Perinácio Saylon à frente da diretoria comercial da Celg, Adailton engrossa a lista dos que avaliam que o Norte do Estado está pouco representado no governo Alcides Rodrigues e espera que esse quadro se reverta. Sua fé inabalável nas associações de municípios como forma de luta pelo desenvolvimento regional faz com que São Miguel do Araguaia participe de duas associações: a Associação dos Municípios do Vale do Araguaia (AMVA), da qual Adailton do Amaral é vice-presidente, e a Associação dos Municípios do Norte (Amunorte), onde também tem participação ativa. Ao finalizar, Adailton do Amaral elogiou o trabalho do jornal Diário do Norte, para ele um importante veículo de integração da região. [b]Diário do Norte[/b] – Sua gestão tem sido muito enaltecida por lideranças políticas e a comunidade. O senhor já definiu se é candidato à reeleição? [b]Adailton[/b] do Amaral – Isso ainda vai depender da composição e da renovação dos partidos da base aliada. Eu só serei candidato se nossa base entender que o meu nome é o ideal para disputar as eleições, o que vai se dar depois de uma longa conversa com todos os que estão nos apoiando. Mas se não for eu o escolhido, com certeza vamos apoiar um da nossa base. A nossa intenção é concluir o nosso projeto para esse mandato, que se encerra no dia 31 de dezembro de 2008. Até lá, vamos trabalhar nossa administração para a entrega do cargo, com muita transparência e financeiramente organizados. [B]DN[/B] – Como seria esse ‘preparar-se para a entrega do cargo’? [b]Adailton[/b] – Desde o primeiro dia em que assumimos a prefeitura, nós fizemos um programa estratégico para nosso mandato. Nós, por exemplo, já temos um planejamento de todas as obras que vamos encerrar e não estamos fazendo nenhum compromisso que não possa ser concluído até 31 de dezembro de 2008, exatamente porque não sabemos qual vai ser o futuro. A Lei de Responsabilidade Fiscal nos condiciona a essa atitude. De todo modo, a eleição ainda está longe e eu tenho certeza que vai acontecer da melhor forma possível. Não vamos interferir administrativamente no processo. Vamos respeitar toda a situação partidária, a situação dos companheiros e também respeitar a posição da comunidade. [B]DN[/B] – O senhor pretende realizar pesquisas de opinião para conhecer o que pensam os eleitores? [b]Adailton[/b] – Sim, nós daremos todas as condições para que a comunidade dê sua opinião sobre o nosso trabalho, através de pesquisas, avaliações que, aliás, já fazemos periodicamente sobre nossa gestão. Na hora oportuna, nós vamos abrir um leque de discussão com toda a comunidade, com todos os nossos companheiros, com a família, com os amigos e principalmente com os partidos para se decidir qual é o melhor nome para disputar as eleições com nosso apoio em 2008. [i] A Região Norte precisa de maior representação no governo do Estado. Hoje somos potência em várias áreas[/i] [B]DN[/B] – O senhor foi muito elogiado em entrevista recente no [B]DN[/B] pelo diretor comercial da Celg, Perinácio Saylon. Isso não o envaidece e não o coloca como candidato natural para a reeleição? [b]Adailton[/b] – Eu fico muito satisfeito em ver um conterrâneo, que ocupa uma função importante no Estado, fazer elogios de público ao nosso trabalho. Mas isso só aumenta a nossa responsabilidade. Desde o primeiro dia de nosso mandato temos buscado fazer um trabalho com o pé no chão, com responsabilidade, buscando parcerias com a União, com o estado e em outras áreas. Assim também no município, com fazendeiros, com comerciantes, com industriais, e tudo isso para darmos conta de fazer um trabalho à altura de nossa comunidade. O que nos envaidece em declarações como essa é saber que temos pelo menos procurado cumprir todos os nossos compromissos. [B]DN[/B] – São Miguel do Araguaia tem um tratamento especial por parte do diretor? [b]Adailton[/b] – O Perinácio é uma pessoa que tem se destacado na Celg exatamente por se dedicar exclusivamente à empresa, sem bairrismos, sem protecionismo. Claro que ele tem um carinho especial para as questões de São Miguel, mas nossas solicitações na empresa são normais como qualquer outro município. Não temos nenhum privilégio especial por ele estar lá. [B]DN[/B] – Mas ele está nesse cargo por indicação do senhor. [b]Adailton[/b] – Não só minha, mas de todos os prefeitos da região do Norte e da maior parte do vale do Araguaia, juntamente com o deputado Leréia (deputado federal Carlos Alberto Silva, do PSDB), e o fato de termos indicado o Perinácio para assumir essa função também nos fortalece. Ele tem dado atenção para nós, não só na Celg, mas em outros órgãos no Estado, acompanhando nossos pleitos. [B]DN[/B] – O que o senhor tem a dizer sobre a representatividade da região Norte no governo Alcides Rodrigues? [b]Adailton[/b] – Sem dúvida nenhuma o Norte necessita de uma maior representatividade no governo do Estado, pois hoje essa presença do Norte no governo estadual está muito aquém de sua importância. Nós somos vários municípios e temos uma grande produção. Somos potência em várias áreas como a pecuária, a agricultura, a mineração. O Norte de Goiás tem essa grande qualidade e somos pouco representados no governo. [B]DN[/B] – Recentemente, São Miguel participou de um torneio de futebol promovido pelo Presidente da AMVA, o prefeito de Faina, Paulo Roberto. São Miguel está deixando a Amunorte? [b]Adailton[/b] – De jeito nenhum. Nós fazemos parte da Associação dos Municípios do Vale do Araguaia, da qual sou vice-presidente, e que tem 17 municípios associados. Eu considero importante, pois é no Vale do Araguaia que atuamos. Mas nós entendemos que é interessante também participarmos da Associação dos Municípios do Norte, com 18 municípios, e participarmos ativamente, sempre comparecendo às reuniões ou enviando representantes. Não deixamos de participar de eventos importantes ou de reuniões de nenhuma das duas associações, e de suas reivindicações, por entendermos que os municípios só se fortalecem se estiverem unidos. [B]DN[/B] – Quais as obras que seu governo estará entregando esse ano? [b]Adailton[/b] – Até dezembro, estaremos entregando à população de São Miguel três grandes indústrias: a Bionorte, uma indústria de biodiesel; o Frigorífico São Miguel e um laticínio. O mais interessante é que, com isso, automaticamente virão outras indústrias que fazem parte da cadeia de produção. A fabricação de biodiesel gerará subprodutos que podem virar ração ou serem utilizados na indústria farmacêutica, por exemplo. Se tivermos uma indústria de ração, atrairemos grande produtores de gado, ou os pequenos e médios produtores formarão cooperativas, o que originará um grande confinamento, criando matéria-prima para o frigorífico. Os próprios empresários do frigorífico já estão fazendo um projeto de viabilidade econômica para a instalação de um charqueado e uma indústria de carne cozida. Isso tudo é uma cadeia que vai acontecendo aos poucos e eu tenho certeza que buscaremos a cada dia para que essa cadeia funcione. [B]DN[/B] – E essa cadeia de produção pode ser ampliada? [b]Adailton[/b] – Sem dúvida nenhuma. Futuramente poderemos ter um curtume, uma indústria de calçado. O que temos que fazer é trabalhar a nossa cadeia que precisava ter acontecido ao longo dos anos. Nosso tripé econômico baseia-se na pecuária, agricultura e turismo, mas o carro chefe é a pecuária. Temos lutado muito para que o turismo e a agricultura se tornem fortes e é a indústria do biodiesel que vai possibilitar que a agricultura tenha uma maior força em São Miguel.

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