Publicado em 21 Outubro 2007
João Carvalho - Brasília
adalberto ruchelle

Leonardo Vilela evita falar em candidatura de Marconi para 2010
A reportagem do Diário do Norte entrevistou o deputado Leonardo Vilela na quarta-feira (17), em seu gabinete em Brasília. No domingo (21) ele foi escolhido pelo tucanato goiano para presidir o diretório do Estado.
Leonardo acredita que é possível vencer Iris Rezende (PMDB) na disputa pela Prefeitura de Goiânia e aponta vários prováveis candidatos. Ele evita falar da candidatura natural de Marconi em 2010 ao governo. “Fomos desautorizados a falar sobre isso”, justifica.
Diário do Norte – Como será a gestão do senhor à frente do PSDB de Goiás?
Leonardo Vilela – Nós acertamos acordo com o deputado Daniel Goulart. Eu serei o presidente do partido e ele será o primeiro vice. Teremos chapa única. O nosso grande desafio será, sem dúvida nenhuma, o fortalecimento do PSDB nas eleições de 2008. Teremos eleições importantes no próximo ano. O partido quer manter o mesmo número de prefeitos que tem hoje. Hoje o PSDB é o maior partido do Estado e vamos trabalhar para manter ou mesmo aumentar esse número de prefeitos. Vou trabalhar para manter o partido consolidado e, ao mesmo tempo, fortalecer a base aliada. Não nos furtaremos em oferecer apoio onde eventualmente outros partidos da base tenham melhores condições de vencer.
DN – O desafio maior será Goiânia. Como o senhor pretende trabalhar na capital considerando que o PSDB hoje não conta com nomes competitivos para vencer as eleições?
Leonardo – O PSDB tem bons quadros. Temos a Raquel Teixeira, João Campos, José Paulo Loureiro, Túlio Isac e outros que poderão aparecer. Vamos trabalhar em torno de pesquisas qualitativas para identificar o perfil do candidato que a população deseja. Qual o perfil que o candidato deve ter. E nessa hora temos possibilidade enorme de termos um candidato competitivo para vencer as eleições.
DN – O candidato da base aliada em Goiânia deve ser necessariamente do PSDB, ou pode ser de outra legenda da base aliada?
Leonardo – Nós vamos lutar até o último momento para o PSDB ter candidato próprio, sem fechar as portas de conversação com outros partidos.
DN – No processo de filiações, o senhor viu, de alguma forma, um certo atropelo do PP em relação às lideranças do PSDB na busca de candidatos para as eleições de 2008?
Leonardo – De forma alguma. É legítimo e natural que cada partido procure se fortalecer. Entendo como natural essa busca e é uma ação que faz parte do processo democrático.
DN – O governador Alcides Rodrigues foi mal avaliado pela população de Goiânia, segundo pesquisa Serpes. Que avaliação o senhor faz desses resultados?
Leonardo – Todo início de governo é mais difícil. É natural os ajustes e algumas medidas impopulares, o que leva o governo a uma má avaliação. Eu tenho conversado muito com o secretário da Fazenda, o Braga (Jorcelino), do qual sou um admirador, e ele tem feito o dever de casa de forma correta. Ele está muito animado e já retomou as obras, além de ter uma programação para retomar os programas sociais no início de 2008. Enfim, as coisas vão voltar à normalidade. Acredito que em meados do próximo ano a avaliação do governo Alcides será bem melhor.
DN – O senhor defende a tese de que o PSDB terá candidato próprio em 2010 e o candidato será mesmo Marconi Perillo?
Leonardo – Olha, o próprio Marconi já desautorizou a usar o nome dele como candidato a governador em 2010.
DN – Desautorizou inclusive o senhor que é presidente do PSDB?
Leonardo – Sim. Acho que no momento nós temos que focar nas eleições de 2008. O pleito de 2010 ainda está longe e temos uma eleição importante de prefeito para ser disputada. Não queremos antecipar esse debate sucessório. O PSDB tem grandes quadros e vai lutar para ter o candidato a governador dentro da base, não tenha dúvidas. Como também vamos lutar para ter o candidato a presidente da República. Hoje nós queremos fortalecer o partido para 2008. Esse é o nosso primeiro objetivo.