‘Não farei demissões na prefeitura’

Não poderia ser melhor o clima na transição em Minaçu. Pelo menos é o que informa o prefeito eleito na cidade, Cícero Romão (PSDB). Segundo o tucano, não há motivos para ficar preocupado em relação a possíveis esqueletos na prefeitura, hoje sob o comando do socialista Joaquim Pires. Cícero avisa que não fará nenhuma intervenção direta na Câmara Municipal no processo de escolha do próximo presidente e ainda comenta que não vai reduzir o número de servidores da prefeitura. "Seria um contrasenso. Fiz campanha falando sobre a geração de empregos e não posso reduzir os já poucos cargos", disse, para lembrar que a crise financeira internacional ainda não chegou nos municípios.
 
Diário do Norte – O senhor já iniciou o processo de transição em Minaçu?
Cícero Romão – O processo de transição já está em andamento. Tivemos o primeiro contato com o prefeito (Joaquim Pires), que se prontificou a realizar uma transição tranqüila. Nós já estamos trabalhando para readequar a proposta orçamentária para 2009. Esse é o ponto de partida para que a gente possa montar o governo.

 DN – O senhor pretende fazer uma reforma na estrutura da Prefeitura de Minaçu?
Cícero – Não diria que vou reduzir a quantidade de cargos, mas, talvez, modificar a estrutura. Nós fomos eleitos propondo a geração de emprego. E se tirarmos os empregos que a prefeitura dá, que são poucos, nós estaremos contradizendo o que foi proposto. Na realidade, precisamos de muita cautela nesse início de mandato para ampliar programas e gerando empregos. Mas teremos muita cautela num primeiro momento, inclusive nas nomeações de secretários. Vamos procurar nomear as pessoas certas para os lugares certos.
 
DN – O que o senhor espera encontrar na prefeitura?
Cícero – Apesar da crise que se fala tanto, os municípios ainda não foram afetados diretamente por essa situação de crise global. E sempre nos finais de ano, temos os recursos a mais para os municípios. E a prefeitura vai receber esse dinheiro, contribuindo para que o prefeito termine a sua gestão, quem sabe, transferindo poucas responsabilidades para gente assumir a partir de janeiro. E também o prefeito tem algumas peças orçamentárias que estão sendo efetivadas nesse final de ano e vamos, com certeza, executá-las no próximo ano.
 
DN – O senhor já escolheu quem será o próximo presidente da Câmara Municipal?
Cícero – A escolha do presidente da câmara não depende do prefeito. E, para mim, os vereadores que foram eleitos são capazes e estão comprometidos com os interesses do município. Independente de quem vá assumir a presidência, isso não importa. Importa é que o Poder Legislativo tenha autonomia própria e obrigação de zelar pelos interesses do município. Isso para mim basta para fazer uma boa administração.