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Geraldo Aílton dos Santos

‘Marconi e Iris estão superados’

Presidente da Câmara de Barro Alto ataca Iris e Marconi e elogia Vanderlan


Publicado em 03 Maio 2010

Euclides Oliveira

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EURÍPEDES GORDO
Tim pede apoio a Vanderlan e ataca rivais<BR>
Tim pede apoio a Vanderlan e ataca rivais

O presidente da Câmara Municipal de Barro Alto, Geraldo Aílton dos Santos, o popular Tim (PR), conversou com a reportagem do Diário do Norte por cerca de uma hora, na terça-feira (20), em seu gabinete. Na oportunidade, o comandante do Legislativo discorreu sobre a abertura de 700 novos postos de trabalho pela mineradora Anglo American na cidade, afirmando que a Câmara Municipal exerceu papel fundamental para que a multinacional aumentasse o percentual de contratações de trabalhadores locais para a futura operação do Projeto Barro Alto. Sobre a sucessão estadual, Tim garantiu seu apoio à candidatura de Vanderlan Cardoso. Segundo ele, o percentual de 3,7% obtido pelo ex-prefeito de Senador Canedo na pesquisa Serpes/O Popular atesta que o eleitorado goiano está aberto para a possibilidade do "novo", tal como foi a primeira eleição do hoje senador Marconi Perillo (PSDB) ao governo, em 1998. Para Tim, as candidaturas de Marconi e do ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), não trazem nada de novo aos goianos, já que os ex-governadores, ao menos na visão do barroaltense, só estão preocupados em fazer acusações mútuas. "O que a gente percebe é o sujo falando do mal lavado; e nada de propostas para o Estado de Goiás. Marconi e Iris estão ultrapassados", alfinetou o vereador Tim.

Diário do Norte – O cenário das Eleições 2010 está praticamente desenhado pelas pré-candidaturas do PSDB, PR e PMDB?
Geraldo Aílton dos Santos (Tim) – Vanderlan conta com meu apoio, claro. Acredito na necessidade de alternância no poder, que é importantíssima. O nome do Vanderlan é muito bom. Percebemos isso através do seu histórico (à frente da Prefeitura de Senador Canedo). Temos aí outros dois candidatos, que já foram governadores por duas vezes, mas o eleitor precisa entender que outras pessoas também precisam ter oportunidade. O que passou, passou. Vanderlan é do meu partido, terá o meu apoio e das pessoas ligadas a mim aqui em Barro Alto. Tenho certeza de que ele, ganhando, fará um ótimo governo.

DN – Pesquisa Serpes/O Popular apontou 3,7% de intenções de voto para Vanderlan. O senhor acredita que ele vai decolar?
Tim – Acredito que, no período eleitoral propriamente dito, a candidatura do Vanderlan irá se desenvolver muito. Hoje, o eleitor está prestando muito mais atenção no que ocorreu na vida de um candidato. O candidato precisa ter um currículo bom, para que o eleitor o aprove. Até mesmo a própria Justiça não aprova mais candidatos com a ficha suja, bagunçada, com histórico de fatos ruins. Vanderlan saiu da prefeitura agora, após fazer um ótimo mandato (eleito em 2004 e reeleito em 2008). Ele ainda é pouco conhecido em nível de Estado, mas assim como aparecem as coisas ruins, aparecem também as coisas boas. Ele (Vanderlan) vai andar pelo Estado e as pessoas, com certeza, irão enxergar que ele é uma pessoa boa, que irá desenvolver sua campanha tendo ao seu lado pessoas boas e honradas também, como o próprio governador Alcides.
DN – Vanderlan pode se tornar um fenômeno eleitoral em Goiás, assim como ocorreu com Marconi em 1998?
Tim – Sim, até porque o Marconi entrou (na disputa) com menos de 3% (das intenções de voto). E, no Estado de Goiás, desde 1998, me parece que todos os candidatos que saem perdendo (nas pesquisas) terminam ganhando (as eleições). Com todo respeito aos ex-governadores Iris Rezende e Marconi Perillo, que realmente deram sua contribuição para Goiás, mas eles estão ultrapassados. O grupo de Marconi só fala em Cachoeira Dourada e Caixego. O grupo do Iris só fala em Celg (no rombo financeiro da estatal goiana de energia) e outras coisas ruins dos governos do Marconi. Então, acho que o eleitor quer obras, propostas, projetos. Cachoeira Dourada, Caixego, Celg, enfim, tudo o que virou caso de Justiça, é a Justiça que precisa tomar uma decisão. O que a gente percebe é o sujo falando do mal lavado; e nada de propostas.

DN – Outros nomes, dentro do próprio PR, por serem mais conhecidos pelo eleitorado goiano, não teriam mais chances na disputa?
Tim – Estive com o Ademir Menezes em várias oportunidades. Ele é um excelente político, uma excelente pessoa. Caso até a época das convenções, eles (os líderes da Nova Frente) decidam por lançar o nome de Ademir para governador, tenho certeza de que estariam lançando um ótimo nome. Mas, como eu já disse, acredito que pesou, na questão do Vanderlan, o fato dele ser um político novo, que estava pela segunda vez à frente da prefeitura (de Senador Canedo) e por não ter exercido nenhum cargo político antes (Vanderlan é empresário do ramo alimentício). Como eu já disse, os concorrentes (Iris e Marconi) estão numa situação difícil, fazendo jogo de empurra-empurra, mostrando os erros do outro. O candidato Vanderlan, até agora, apresentou apenas o seu nome, que está sendo bem aceito. Inclusive, estive no lançamento de sua candidatura, em Goiânia. Foi uma festa maravilhosa. Será uma disputa muito boa. E os goianos, se realmente pensarem no futuro e no progresso de Goiás, terão de dar as mãos e fazer com que o Vanderlan seja o nosso próximo governador. O deputado Sandro Mabel também seria um ótimo nome para governador, para senador e também para buscar a reeleição como deputado federal. Para o governo (como candidato) ele não vai, porque o PR já anunciou o Vanderlan. Vamos estar juntos. Sandro Mabel poderá contar com nosso apoio e farei um convite, nos próximos dias para que ele venha visitar Barro Alto, já que ele vem muito pouco aqui. O PR que existe em Barro Alto nunca apoiou Sandro Mabel; e eu quero dar a minha contribuição para ele, para depois poder cobrar o trabalho.

DN – E para cobrar de Mabel, também, um eventual apoio dele à sua intenção de disputar a Prefeitura de Barro Alto em 2012?
Tim – Eu não diria apoio para a minha pessoa, mas sim para viabilizar a disponibilidade de verbas para a nossa cidade. Mas, uma coisa puxa a outra. Temos nossas pretensões e, futuramente, poderei disputar o cargo de chefe do Poder Executivo em Barro Alto, contando também com o apoio do deputado Sandro Mabel.

DN – A Anglo American anunciou, recentemente, a abertura de 700 novos postos de trabalho para Barro Alto. De que forma a Câmara Municipal, sob seu comando, fez gestões junto à Anglo para que essas contratações se efetivassem?
Tim – Nós, de Barro Alto, no geral, independentemente de política, estávamos muito insatisfeitos com o que estava ocorrendo na empresa (Anglo American). Entendemos que não temos o direito de interferir, até porque se trata de uma empresa privada; e não de um órgão público. Fizemos nossas reivindicações, como vereador e representante do povo de Barro Alto, no sentido de entender o porquê deles estarem trazendo pessoas de fora para atuar em nosso município, sem ofertar essas vagas para Barro Alto. A direção da empresa, de imediato, marcou uma reunião com todos os vereadores, fomos até lá, conversamos e eles começaram essas contratações. Vemos que isso agora está acontecendo. Graças a Deus, esse é um problema que está sendo resolvido. Acho que a Anglo está fazendo a coisa certa, mas ela precisa capacitar mais ainda as pessoas de Barro Alto. Não que sejamos contra a vinda de pessoas de fora, mas queremos que seja dada prioridade dessas vagas para quem já reside em Barro Alto há muito tempo.

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