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Jardel Sebba

Gabinetes-fantasmas, não!

Presidente da Assembléia diz que base aliada vai ‘mandar’ em Goiás por mais doze anos seguidos


Publicado em 06 Maio 2007

João Carvalho - Goiânia

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Íris roberto
Jardel Sebba promete dar um basta aos gabinetes-fantasmas na Assembléia Legislativa: fim à farra
Jardel Sebba promete dar um basta aos gabinetes-fantasmas na Assembléia Legislativa: fim à farra
Se depender do presidente da Assembléia Legislativa, deputado [b]Jardel[/b] Sebba, o senador Marconi Perillo pode comprar o terno de sua posse em 2010. Ele diz taxativamente que a base aliada vai ‘mandar’ por mais 12 anos em Goiás. [b]Jardel[/b] não vê problemas na demora na escolha do secretariado de Alcides Rodrigues e avisa que vai acabar com a ‘farra’ dos gabinetes-fantasmas da Assembléia, que ocorrem quando um deputado se licencia para assumir secretaria no governo e, mesmo assim, mantém estrutura no Palácio Alfredo Nasser com gastos de R$ 40 mil. [b]Jardel[/b] não esconde sua decepção com Samuel Almeida e lembra que adotou um estilo diferente de administrar em relação ao seu antecessor. [b]Diário do Norte[/b] – O senhor prefere falar das suas ações à frente da Assembléia. Mas o senhor não se sente responsável pelo que aconteceu na gestão de Samuel Almeida? [b]Jardel Sebba[/b] – Vamos deixar claro uma coisa: o envolvimento dele (Samuel) com a polícia acontece em razão de uma atitude pessoal dele. [B]DN[/B] – Mas que envolve a Assembléia Legislativa? [b]Jardel[/b] – Existem ações que eu não posso responder. E a partir do momento que você delega a um deputado o poder de presidir a Assembléia, você está delegando a ele sua confiança. E eu quero deixar claro que não quero retaliar ninguém. Eu tenho uma maneira de pensar diferente do ex-presidente. Há um contrato aqui sobre o qual eu não concordo com a maneira como ele foi feito. Mas ele tinha o direito de fazer. [B]DN[/B] – Qual contrato? [b]Jardel[/b] – Do aluguel dos computadores. E eu rompi esse contrato de forma unilateral. Eu entendo que esse contrato era maléfico para a Assembléia. Agora quem tem que julgar se ele está certo não sou eu. E eu não posso responder pela gestão que não foi minha. [B]DN[/B] – Esse tipo de situação não ocorre por falta de transparência dos atos da presidência? [b]Jardel[/b] – Meu atos são transparentes. [B]DN[/B] – Não disse que os atos do senhor não são transparentes. [b]Jardel[/b] – Eu quero falar da minha gestão. Coloquei todas as licitações no pregão eletrônico, através da internet. Qualquer pessoa, de qualquer lugar do Brasil pode participar das licitações da Assembléia. Assim não sei quem participa e só fico sabendo quem ganha após a divulgação do resultado. Estou tentando fazer tudo aqui da forma mais transparente possível. [B]DN[/B] – O senhor fala que não responde por ações do seu antecessor. Uma delas seria o concurso público? [b]Jardel[/b] – Eu não respondo por algumas ações. Quando a ação envolve a Assembléia, eu sou obrigado a responder. Nós formamos uma comissão que será presidida pelo deputado Honor Cruvinel e eu irei apresentá-la à Procuradoria de Justiça do Estado amanhã (na sexta-feira - 4). Eu me comprometi que assim que sair a receita líquida quadrimestral do Estado, que deverá acontecer até o dia 25 de maio, nós vamos apresentar ao Ministério Público uma proposta de chamamento dos concursados, de uma maneira paulatina. Eu sempre declarei, e não vou negar, que era contra o concurso. Acho que a Assembléia poderia fazer concurso para alguns cargos, como o de procurador, por exemplo. Mas não para 122 cargos. [B]DN[/B] – Os 122 concursados então podem ficar despreocupados que serão todos chamados? [b]Jardel[/b] – Sim. Serão chamados. Nós temos ainda mais um ano de prazo, prorrogado por mais dois. Vamos fazer um programa para chama-los nos próximos três anos. [B]DN[/B] – Um dos grandes gargalos do Regimento Interno da Assembléia é o voto secreto. Com a proposta de rever o regimento esse tipo de votação vai acabar? [b]Jardel[/b] – Respondo pelo deputado [b]Jardel[/b] Sebba: sou a favor do fim do voto secreto por completo. Veto de governador e eleição de Mesa Diretora devem ser no voto aberto. Vou votar para isso. Mas só posso falar por mim. [B]DN[/B] – O projeto que acaba com o gabinete-fantasma, aquele do deputado licenciado, será aprovado pelos deputados? [b]Jardel[/b] – Esse projeto é de minha autoria. Não posso admitir que a Assembléia seja utilizada para uma farra. Ou seja, entra um deputado aqui, fica um mês, sai e mantém o gabinete. Entra outro, fica mais um mês, sai e também mantém um gabinete. Isso é inadmissível. Eu não quero ser diferente e nem atrapalhar a vida de ninguém. Eu quero simplesmente seguir a Câmara Federal. O gabinete é só de um deputado. [B]DN[/B] – Por um ato do presidente o senhor não pode colocar fim a essa 'farra'? [b]Jardel[/b] – Isso depende do plenário. Antes existia essa prerrogativa do presidente. Agora, é bom lembrar, os então deputados Tião Caroço (hoje prefeito de Formosa) e Carlos Leréia (hoje deputado federal) acabaram com essa farra. Mas na legislatura passada voltou. E eu pretendo acabar de novo com esses gabinetes de secretários. [B]DN[/B] – Quanto que a Assembléia Legislativa gasta com esses gabinetes-fantasmas? [b]Jardel[/b] – Hoje só tem o gabinete do Ernesto Roller (secretário de Segurança Pública). Mas possivelmente nós poderemos ter de cinco a seis. O gasto é em média de R$ 40 mil mensais. Se a prefeitura ou o Estado precisam de um deputado, devem bancar ele. [B]DN[/B] – Ainda assim o gasto com o gabinete-fantasma será com dinheiro público. [b]Jardel[/b] – Sim. Mas são poderes independentes. Eu estou afirmando que o Estado iria bancar, mas não pagar para o assessor não trabalhar. Ele estaria acomodando o assessor desse secretário dentro da secretaria. Não faz sentido um deputado assumir uma secretaria e não ser contratado por essa secretaria. [B]DN[/B] – Isso significa que esses assessores não trabalham? [b]Jardel[/b] – Não sei o que significa. Eu só não quero pagar mais do que 41 gabinetes. Não quero fazer nenhum tipo de especulação senão você vai colocar uma manchete assim no seu jornal 'deputado diz que funcionários não trabalham'. Não é isso. Só afirmo que não quero pagar mais do que 41 gabinetes. [B]DN[/B] – Que avaliação o senhor faz do governo Alcides e a demora na escolha do secretariado? [b]Jardel[/b] – Se acontecer algum prejuízo, o que eu não acredito que acontecerá, ele certamente será recompensado com a escolha que ele está fazendo. Além do governador ter um estilo mais pensativo para tomar decisões, ele está sofrendo uma pressão grande. A base foi muito ampla. Mas até agora as escolhas foram corretas. [B]DN[/B] – Catalão foi contemplada no governo? [b]Jardel[/b] – Foi bem contemplada. Estamos com um dos órgãos mais importantes do governo, que é a Agetop. [B]DN[/B] – Esse será o critério para escolha do secretariado, contemplar por cidades? [b]Jardel[/b] – Não. A escolha é pessoal do governador Alcides. Acho que ele escolhe pela competência e também pelos partidos que o ajudaram na eleição. Acho que ele procura contemplar pela força política das cidades e utilizando pessoas competentes. [B]DN[/B] – O senhor diz que o PSDB tem projeto para mandar por mais doze anos em Goiás isso significa o que, exatamente? [b]Jardel[/b] – Eu não falei o PSDB, mas sim a base aliada. [B]DN[/B] – Mas quando o senhor cita a volta de Marconi Perillo, isso significa que é o PSDB que vai voltar em 2010? [b]Jardel[/b] – Não necessariamente. Ele é do PSDB e eu me sinto hoje tão governo quando o Marconi era o governador. Acho que esse negócio de sigla é um detalhe. O importante para mim é o grupo. Temos que lembrar que o PSDB inteiro trabalhou pelo Alcides como se ele fosse do PSDB. E ajudaríamos qualquer um. Esse tipo de discussão está sendo feito por pessoas que não têm o que fazer e não têm competência. São as cassandras da base aliada que estão tentando fazer intriga entre as lideranças para levar vantagem pessoal. [B]DN[/B] – O papel de Alcides no governo é fazer a transição para a volta de Marconi ao governo em 2010? [b]Jardel[/b] – Não. Não tem nada de transição. Esse tipo de colocação serve apenas para arrumar arestas. [B]DN[/B] – Quando o senhor fala que a base aliada vai mandar no Estado por mais doze anos, o senhor não vê uma pitada de arrogância nessa declaração? [b]Jardel[/b] – Vamos mudar a frase: comandar o Estado por mais doze anos. Mas enxergo que tudo na vida pode mudar. E eu faço análise considerando o que estou vendo hoje. [B]DN[/B] – O senhor tem projeto para ser prefeito de Catalão? [b]Jardel[/b] – Estou começando agora como presidente. Estou apenas há três meses na presidência. Até para ter outros projetos, preciso sair bem na presidência. [B]DN[/B] – Que avaliação o senhor faz do governo Adib Elias em Catalão? [b]Jardel[/b] – Foi um bom governo nos primeiros quatro anos. Deixa muito a desejar nesse segundo mandato. E no geral Catalão desenvolveu muito. Mas deixou de desenvolver muito mais pelo radicalismo do prefeito. Ele não fazia parcerias, não recebia o governador, além da sua personalidade forte. O prefeito não recebia o então governador Marconi. Isso aí atrapalhou muito Catalão a desenvolver. [B]DN[/B] – O senhor teve votos em várias cidades do Norte. Quais projetos o senhor tem para essas cidades? [b]Jardel[/b] – Apenas um prefeito me apoiou. Foi o Sebbinha (ex-prefeito de Montividiu do Norte). Eu já ajudei muito a cidade. Quem conseguiu o autorizo da rodovia que liga Montividiu à divisa com o Tocantins fui eu. Também levei muitos programas sociais. E onde eu tenho um prefeito aliado eu sempre levo muitos benefícios. Quero continuar ajudando dentro dos programas sociais e de obras físicas. Gosto do Norte e vou lá sempre.

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