Publicado em 26 Julho 2016
Pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Ceres, o tucano Rafael Melo, assegura que sua campanha será franciscana e pés no chão, com total respeito aos adversários. Ele diz não se preocupar com as críticas que recebe pelo fato de ter voltado a Ceres apenas para disputar as eleições após morar vários anos em outras cidades. Rafael também diz não se importar com a questão que envolve o reajuste de salário de prefeito, que deve ser aprovado este ano para valer para 2017. Ele espera apoio do governador Marconi Perillo na sua campanha e compreende que a crise realmente chegou para valer nos municípios brasileiros, mas também critica a concentração dos recursos nos cofres da União e dos Estados.
Diário do Norte – Entende que realmente há uma crise em curso que prejudica tanto os atuais prefeitos e gestores?
Rafael Melo – Sim. Hoje, a maioria dos recursos está concentrada nas mãos dos governos Federal e Estadual, mas acredito que uma gestão eficiente, voltada para a aplicação correta dos recursos, propicia ao município uma boa administração.
DN – Qual a dimensão dessa crise para as prefeituras e o que fazer para que os investimentos sejam realizados?
Rafael – A crise existe e ninguém pode esconder isso, mas há sinalizadores que mostram que vai haver um crescimento a partir do próximo ano. Aqui em Goiás, o governador Marconi Perillo soube lidar com a crise graças às medidas tomadas. O mais importante é que os municípios possam estabelecer parcerias para trazer obras e benfeitorias para o município.
DN – Espera apoio do governador Marconi Perillo?
Rafael – Sim. Nós somos parceiros e do mesmo partido. E enfrentar a crise com um parceiro como o Governo do Estado é muito mais fácil. Confio na recuperação do Estado e confio na nossa força de trabalho.
DN – O senhor entende que a Câmara Municipal deve reajustar os salários do prefeito e dos vereadores de Ceres para 2017?
Rafael – Essa é uma questão que não me interessa muito. Essa questão de valor é algo muito particular e Câmara saberá votar o projeto da melhor maneira possível.
DN – O senhor acha que o salário do prefeito de Ceres é suficiente é bom?
Rafael – Eu acredito que é um salário satisfatório. Mas o mais importante é que quando paga um salário ao servidor público, e o prefeito é um servidor, o salário se torna justo quando ele faz um serviço à altura de sua população. Quando ele não exerce esse papel bem, o salário dele se torna alto.
DN – O senhor é apontado por adversários como um candidato que nem morava mais em Ceres e só voltou para ser prefeito. Como recebe essas críticas?
Rafael – Com toda a naturalidade possível. As pessoas tentam nos imputar esse tipo de assunto, colocar em nós esse tipo de realidade, mas na verdade isso não nos incomoda. Eu sou nascido aqui em Ceres. Aqui passei a minha infância. Saí como a maioria dos ceresinos para estudar fora. Retornei em meados dos anos 2000 para trabalhar. Fui convidado para trabalhar numa agência especializada em Goiânia. Agora dizer que não sou de Ceres é uma inconsistência muito grande, porque a cada canto dessa cidade tem uma marca da minha família.
DN – Qual a principal demanda hoje de Ceres?
Rafael – Hoje existem muitas demandas. Mas uma das principais é a habitação. Temos uma carência de 12 anos sem políticas para essa área.
DN – Se eleito, qual será seu primeiro ato como prefeito?
Rafael – O nosso primeiro ato será a formação de uma equipe competente. A formação de uma equipe interessa em trabalhar em prol do povo e principalmente capacidade técnica para atender todas as demandas que o município exige.
DN – Nos últimos anos, a classe empresarial de Ceres está reclamando que houve um aumento muito grande nos tributos municipais. Eleito, o senhor pretende rever essas cobranças?
Rafael – Por questões eleitorais não vou antecipar nosso plano de governo. Agora o que eu tenho em mente é que nem sempre quando se cobra mais, é sinônimo de investimento. Nós temos que ser parceiro dos empresários para que eles possam gerar empregos e que investimentos venham para Ceres e não para as cidades vizinhas como está ocorrendo.
DN – Qual será o perfil da campanha do senhor?
Rafael – Será uma campanha pés no chão e franciscana e, acima de tudo, uma campanha de respeito aos adversários e propositiva. Vamos mostrar ao cidadão ceresino qual será o nosso objetivo e o que podemos oferecer para que a cidade volte a crescer, algo que ela perdeu nos últimos anos.
DN – Apoiou o afastamento de Dilma Rousseff?
Rafael – Independente de pessoas e partido eu acredito que as pessoas que tiveram culpa devem ser punidas. Sou contra ficar esse troca-troca, porque não chegaremos a lugar algum com esse modelo.
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