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Valmir Pedro

Com apoio de Marconi, Valmir defende seu espaço


Publicado em 02 Agosto 2010

Jo­ão Car­va­lho - Go­i­â­nia

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WAGNER LUIZ
Valmir Pedro disputa mandato de deputado estadual pelo PMN<BR>
Valmir Pedro disputa mandato de deputado estadual pelo PMN

Apesar da pouca idade (34 anos), Valmir Pedro (PMN) tem muita experiência, seja na política, seja como trabalhador. No campo político, já coordenou campanhas importantes, como a de Marconi Perillo, em 1998; depois em 2002 e 2006. No campo do trabalho, fez um pouco de tudo na vida: foi vendedor de picolé, de pastel, servente de pedreiro, cortador de cana, colheita de feijão, garimpeiro e outras atividades. Tudo herança dos pais, também simples e trabalhadores. Ainda no campo político, foi fundamental na eleição do atual prefeito de Uruaçu, Lourencinho, com quem tinha um compromisso para 2010, mas diante do racha no Tempo Novo, hoje os dois estão em palanques diferentes, mas sem mágoas ou ressentimentos. Ele não tem o prefeito no palanque mas, nessa disputa, Valmir Pedro conta com o amplo e irrestrito apoio de Marconi, candidato ao Governo do Estado; dos senadores Lúcia Vânia (PSDB) e Demóstenes Torres (DEM), além do apoio do prefeito de Campinorte, Vander Borges (PP).

Di­á­rio do Nor­te – O tra­ba­lho que o se­nhor faz em Uru­a­çu e em ou­tras ci­da­des é su­fi­ci­en­te pa­ra lhe ga­ran­tir a vi­tó­ria na dis­pu­ta por uma va­ga na As­sem­bleia Le­gis­la­ti­va?
Val­mir Pe­dro – Acre­di­to. Es­pe­ci­al­men­te a par­tir do mo­men­to em que pro­cu­rei me fi­li­ar em uma si­gla me­nor (o PMN). Eu es­ta­va na pre­si­dên­cia do PSDB de Uru­a­çu. E es­ta­va me pre­pa­ran­do pa­ra dis­pu­tar as elei­ções pe­lo PSDB. Mas an­tes fiz uma aná­li­se do elei­to­ra­do da Re­gi­ão Nor­te e per­ce­bi que te­mos dois de­pu­ta­dos da re­gi­ão com man­da­to na mão, que é o Jú­lio da Re­tí­fi­ca (PSDB) e a Va­nu­za Va­la­da­res (PSC), além de ou­tros can­di­da­tos que iam sur­gir na re­gi­ão. Sa­ben­do da di­vi­são que te­ria no elei­to­ra­do da Re­gi­ão Nor­te, fi­ca­ria di­fí­cil dis­pu­tar uma elei­ção com chan­ces de vi­tó­ria em uma si­gla em que eu pre­ci­sa­ria de no mí­ni­mo 25 mil vo­tos. No PMN eu acre­di­to que pre­ci­sa­rei de apro­xi­ma­da­men­te 12 a 13 mil vo­tos pa­ra ga­ran­tir a vi­tó­ria. Meu tra­ba­lho es­tá con­cen­tra­do na Re­gi­ão Nor­te e acre­di­to que te­mos con­di­ções de fa­zer de dois a três de­pu­ta­dos do Nor­te e es­pe­ro es­tar en­tre os elei­tos.

DN – Qual a pre­vi­são de vo­tos que o se­nhor tem pa­ra con­quis­tar em Uru­a­çu?
Val­mir Pe­dro – As pes­qui­sas elei­to­ra­is mos­tram que te­mos gran­des chan­ces de sa­ir de Uru­a­çu com dez mil vo­tos. É ló­gi­co que ain­da te­mos mui­to tem­po até che­gar no dia das elei­ções. As­sim, es­se qua­dro po­de me­lho­rar ou pi­o­rar. Mas acre­di­to que vou ter­mi­nar a cam­pa­nha em Uru­a­çu li­de­ran­do as pes­qui­sas e com a mai­o­ria dos vo­tos. É di­fí­cil apon­tar quan­tos vo­tos te­rei em Uru­a­çu, mas es­pe­ro que se­ja a quan­ti­da­de su­fi­ci­en­te pa­ra ga­ran­tir a nos­sa vi­tó­ria, cla­ro que com vo­tos de ou­tros mu­ni­cí­pios.

DN – O se­nhor apoi­ou Lou­ren­ci­nho em 2008. Ho­je o se­nhor não es­tá mais na ba­se do pre­fei­to. O que acon­te­ceu?
Val­mir Pe­dro – O pre­fei­to Lou­ren­ci­nho te­ve o meu apoio nas elei­ções de de­pu­ta­do es­ta­du­al (2006). Tam­bém o apoi­ei pa­ra pre­fei­to. Sem­pre ti­ve o Lou­ren­ci­nho co­mo um gran­de par­cei­ro, te­nho um gran­de res­pei­to por sua fa­mí­lia e a gen­te ti­nha um com­pro­mis­so ini­ci­al de es­tar­mos jun­tos nes­sa elei­ção. Ago­ra, o qua­dro po­lí­ti­co em Go­i­ás mu­dou mui­to nos úl­ti­mos três anos, com a di­vi­são do cha­ma­do Tem­po No­vo. O go­ver­na­dor Al­ci­des Ro­dri­gues to­mou ou­tro ru­mo po­lí­ti­co, di­fe­ren­te do ru­mo do se­na­dor Mar­co­ni Pe­ril­lo. En­tão, o Lou­ren­ci­nho, até pen­san­do ad­mi­nis­tra­ti­va­men­te, pre­fe­riu acom­pa­nhar o can­di­da­to go­ver­nis­ta. E eu, pe­la ami­za­de e le­al­da­de, e res­pei­to que te­nho pe­lo Mar­co­ni e pe­la se­na­do­ra Lú­cia Vâ­nia, pre­fe­riu fi­car com es­sa cha­pa, que acre­di­to ser a me­lhor pa­ra Go­i­ás. En­tão, es­sa di­vi­são do Tem­po No­vo aca­bou por pro­vo­car es­sa di­vi­são po­lí­ti­ca na ci­da­de de Uru­a­çu. Mas is­so não ti­ra o res­pei­to e o ca­ri­nho que te­nho pe­lo pre­fei­to Lou­ren­ço e por to­do o seu gru­po po­lí­ti­co.

Estou muito animado com a candidatura do Valmir Pedro, certo de que ele será muito bem votado. Trata-se de um nome que tem todas as chances de sair vitorioso nas próximas eleições
Senador Marconi Perillo (PSDB), candidato ao Governo do Estado

DN – O se­nhor tem al­gu­ma má­goa do pre­fei­to Lou­ren­ço pe­lo fa­to de­le es­tar apoi­an­do ou­tra can­di­da­tu­ra e não a do se­nhor, já que ha­via com­pro­mis­so?
Val­mir Pe­dro – Não te­nho ne­nhu­ma má­goa do Lou­ren­ço. De ma­nei­ra ne­nhu­ma. Sem­pre pro­cu­rei ter in­de­pen­dên­cia po­lí­ti­ca. Pro­cu­rei ca­mi­nhar com mi­nhas pró­pri­as per­nas. Ele sa­be dis­so. E eu dei a ele uma gran­de for­ça na sua elei­ção pa­ra de­pu­ta­do. Dei a ele uma gran­de for­ça na sua can­di­da­tu­ra de pre­fei­to. E te­nho cer­te­za de que no dia 4 de ou­tu­bro, às 5h30 da ma­nhã, es­ta­rei to­man­do ca­fé na ca­sa do Lou­ren­ço, já elei­to de­pu­ta­do es­ta­du­al, o Mar­co­ni elei­to go­ver­na­dor, e tra­çan­do com o Lou­ren­ço as obras que Uru­a­çu pre­ci­sa. Le­va­rei ele até o go­ver­na­dor Mar­co­ni e va­mos tra­ba­lhar pe­la ci­da­de de Uru­a­çu e pe­lo Nor­te do Es­ta­do.

DN – Elei­to ou não de­pu­ta­do, es­sa cam­pa­nha de 2010 é o pon­ta­pé ini­ci­al pa­ra a cam­pa­nha de 2012 em Uru­a­çu?
Val­mir Pe­dro – Não te­nho ob­je­ti­vo de dis­pu­tar a elei­ção de pre­fei­to em Uru­a­çu. Por en­quan­to, não. Es­tou com 34 anos de ida­de. Tal­vez eu dis­pu­te es­sa elei­ção quan­do es­ti­ver com meus 48 ou 50 anos, mas es­ta­rei tra­ba­lhan­do em 2012 pa­ra que um com­pa­nhei­ro de ver­da­de, um com­pa­nhei­ro fi­el, que te­nha vi­são de mo­der­ni­da­de e vi­são es­tra­té­gi­ca pos­sa se ele­ger pre­fei­to de Uru­a­çu. Não es­tou plan­tan­do ho­je pa­ra ser can­di­da­to a pre­fei­to no fu­tu­ro. Meu ob­je­ti­vo é ser de­pu­ta­do es­ta­du­al e aju­dar mui­to a ci­da­de de Uru­a­çu e o Nor­te.

DN – O se­nhor fez do­bra­di­nha com um can­di­da­to a de­pu­ta­do fe­de­ral que não tem ne­nhu­ma re­la­ção com o Nor­te. Co­mo o se­nhor pre­ten­de ex­pli­car is­so pa­ra os elei­to­res do Nor­te?
Val­mir Pe­dro – Quan­do o de­pu­ta­do Jo­va­ir Aran­tes (PTB) foi pa­ra a Re­gi­ão Nor­te ele não ti­nha ne­nhu­ma re­la­ção com a re­gi­ão. No en­tan­to, ele tem aju­da­do mui­to as ci­da­des de Po­ran­ga­tu, Ni­que­lân­dia, Uru­a­çu e ou­tras. O de­pu­ta­do que li­ga­ção es­trei­ta com o Nor­te é o Car­los Al­ber­to Le­réia. Ele é da re­gi­ão. E mes­mo as­sim ele bus­ca vo­tos em ou­tras re­gi­ões. E nós es­ta­mos ven­do lá ou­tros can­di­da­tos fa­zen­do do­bra­di­nha com pes­so­as que pou­co fo­ram à Re­gi­ão Nor­te. Eu de­ci­di fa­zer do­bra­di­nha com o Ar­man­do Ver­gí­lio pri­mei­ro pe­la ex­pe­ri­ên­cia po­lí­ti­ca que ele tem. Ele foi se­cre­tá­rio de Tra­ba­lho do go­ver­no Mar­co­ni Pe­ril­lo. Foi tam­bém se­cre­tá­rio de Go­ver­no. Ocu­pou a pre­si­dên­cia da Su­se­pe (Su­pe­rin­ten­dên­cia de Se­gu­ros Pri­va­dos) do go­ver­no Lu­la. Pre­si­den­te es­ta­du­al do PMN. E até por fi­de­li­da­de ao pre­si­den­te do meu par­ti­do, de­ci­di fe­char es­sa do­bra­di­nha com ele. Quan­do le­vei a pro­fes­so­ra Ra­quel Tei­xei­ra pa­ra Uru­a­çu e Re­gi­ão, pou­cos a co­nhe­ci­am. E ela fez um gran­de tra­ba­lho pe­la ci­da­de de Uru­a­çu. Es­tou com um can­di­da­to a de­pu­ta­do fe­de­ral sé­rio e pre­pa­ra­do e te­nho cer­te­za de que ele fa­rá mui­to por nos­sa re­gi­ão e tam­bém por Uru­a­çu.

DN – O se­nhor tem apoio de quan­tos pre­fei­tos na Re­gi­ão Nor­te do Es­ta­do?
Val­mir Pe­dro – Na ci­da­de de Uru­a­çu vá­rios pre­si­den­tes de par­ti­dos es­tão me apoi­an­do. Tam­bém con­to com apoio de ex-pre­fei­tos e de ex-vi­ce-pre­fei­tos. Na Câ­ma­ra Mu­ni­ci­pal te­nho apoio de se­te ve­re­a­do­res dos no­ve exis­ten­tes. Na ci­da­de de Cam­pi­nor­te te­nho o apoio do pre­fei­to Van­der Bor­ges. Tam­bém da vi­ce-pre­fei­ta Fa­ti­nha. Os ve­re­a­do­res Ag­nal­do Pe­rei­ra, Car­li­nhos e o Jo­sé Pe­rei­ra es­tão me apoi­an­do. Em ou­tros mu­ni­cí­pios da re­gi­ão te­nho apoio de seg­men­tos da so­ci­e­da­de, co­mo as­so­cia­ção de mo­ra­do­res, sin­di­ca­tos, co­o­pe­ra­ti­vas e igre­jas. Em 1998 eu co­or­de­nei a cam­pa­nha do Mar­co­ni na Re­gi­ão Nor­te quan­do pou­cas pes­so­as acre­di­ta­vam nu­ma vi­tó­ria. E is­so me fez cons­tru­ir ami­za­des em mais de 30 ci­da­des da re­gi­ão. De­pois, na re­e­lei­ção, eu no­va­men­te co­or­de­nei a sua cam­pa­nha em mais de 40 mu­ni­cí­pios. Na sua can­di­da­tu­ra ao Se­na­do e a do Al­ci­des Ro­dri­gues ao go­ver­no do Es­ta­do eu tam­bém co­or­de­nei as cam­pa­nhas na re­gi­ão. Is­so foi me dan­do ami­gos e in­flu­ên­cia em mais de 40 mu­ni­cí­pios da re­gi­ão. En­tão, ho­je te­mos en­tra­da tam­bém em Go­i­â­nia, on­de va­mos ter um co­mi­tê, na Ave­ni­da Se­na­dor Jayme (Vi­la Isau­ra). Te­nho um gru­po mui­to gran­de em Go­i­â­nia. Igre­ja Ba­tis­ta, fa­mí­lias e ami­gos da Go­i­a­sIn­dus­tri­al, en­fim, te­mos um gru­po que nos da­rá uma vo­ta­ção ex­pres­si­va pa­ra com­ple­tar com os vo­tos de Uru­a­çu e do Nor­te pa­ra nos­sa elei­ção.

DN – O se­nhor tem la­ços fa­mi­lia­res em Uru­a­çu. Até que pon­to is­so é im­por­tan­te e vai for­ta­le­cer a sua can­di­da­tu­ra?
Val­mir Pe­dro – Sou nas­ci­do na ci­da­de de Uru­a­çu, no Se­tor Ae­ro­por­to. Fui cri­a­do e mo­ro no Se­tor Ae­ro­por­to. Es­ta­va ocu­pan­do car­go no go­ver­no do Es­ta­do, mas não mu­dei pa­ra Go­i­â­nia com a mi­nha fa­mí­lia, que fi­cou em Uru­a­çu. Pou­cos co­nhe­cem a mi­nha fa­mí­lia por se tra­tar de uma fa­mí­lia hu­mil­de e sim­ples. Meu pai fa­le­ceu em 1984 e era um la­vra­dor. Per­di mi­nha mãe em 1994, uma sim­ples do­na de ca­sa. As pes­so­as de Uru­a­çu co­nhe­cem a mi­nha sim­pli­ci­da­de e ho­nes­ti­da­de. Com oi­to anos de ida­de eu es­ta­va ven­den­do pi­co­lé, ge­la­di­nho, pas­tel. Tam­bém fui ser­ven­te de pe­drei­ro, fren­tis­ta de pos­to, bóia-fria (na co­lhei­ta de fei­jão), cor­ta­dor de ca­na, ga­rim­pei­ro, en­fim, te­nho ori­gem de mui­ta lu­ta e so­fri­da. E que­ro lem­brar es­se sen­ti­men­to do ho­mem sim­ples e tra­ba­lha­dor pa­ra a As­sem­bleia. É com es­se sen­ti­men­to que que­ro de­fen­der a po­pu­la­ção de Go­i­ás.

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