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Ênio branco

Celg não será privatizada

Presidente da estatal descarta venda, diz que faz gestão moderna e que a palavra de ordem hoje na concessionária é a recuperação das suas finanças e o equilíbrio econômico


Publicado em 21 Outubro 2007

João Carvalho - Goiânia

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divulgação
Deputado Júlio da Retífica, Perinácio Saylon e o presidente da Celg, Ênio Branco, durante comemoração do aniversário do diretor comercial: não à privatização
Deputado Júlio da Retífica, Perinácio Saylon e o presidente da Celg, Ênio Branco, durante comemoração do aniversário do diretor comercial: não à privatização
O presidente da Celg, em entrevista exclusiva ao Diário do Norte, disse que o governo do Estado não cogita bancar a privatização da concessionária. Ele destaca que hoje a palavra de ordem na estatal é recuperar as suas finanças e equacionar despesas e receitas, para que a empresa volte a ser competitiva. Branco avisa, no entanto, que poderá abrir a Celg para a entrada de capitais, através de investimentos de novos sócios acionários. A entrevista ao DN foi concedida na sede da Celg, em meio às comemorações do aniversário do diretor comercial Perinácio Saylon (no dia 8 de outubro), sobre quem Ênio teceu inúmeros elogios por sua atuação responsável e eficiente. Conhecido por sua capacidade como técnico, Branco prefere não apontar culpados pelas dificuldades enfrentadas pela Celg. Diário do Norte – Como o senhor classifica o trabalho do Perinácio Saylon para a Celg? Ênio Branco – O Perinácio é um homem cuja formação jurídica faz com que nos ajude muito na Celg. Nós estamos vivendo, e todo Estado sabe, um momento muito importante na empresa. Um momento da utilização de boas práticas para a Celg. De buscar a saída para o seu equacionamento econômico e financeiro através de uma palavra simples, mas bem significativa, que é gestão corporativa. E o Perinácio, responsável que é pela Diretoria Comercial, sente as palpitações de mais de dois milhões de consumidores que compõem uma receita especial a nível de sistema elétrico, que faz com nós tenhamos a possibilidade de buscar a melhor receita, a perseguição da melhor adimplência. Tudo isso está relacionado com a área que o Perinácio dirige. Tem sido uma satisfação conviver com ele. De forma que me sinto muito feliz em poder contar com ele. DN – O senhor pala em equacionamento. Como se explica uma empresa como a Celg viver uma situação de dificuldades financeiras, provocando a adoção de um novo modelo de gestão. Como se explica essa situação? Ênio Branco – A Celg é uma empresa grande. Ela completou no dia 19 de agosto 52 anos de existência. E teve 22 bons presidentes, com cada um retratando o momento e dando respostas. Nós estamos vivendo um novo momento, que é o da competição e da qualidade. Cada um tem um momento histórico para realizar as suas ações. Nós estamos cumprindo a nossa missão e a Celg é pujante e tem ativos que faz com a empresa esteja de pé e sempre procurando pelo melhor. Como presidente, nos cabe trabalhar para tornar a Celg competitiva perante o mercado. DN – Nesse sentido a gestão anterior deixou a desejar? Ênio Branco – Absolutamente. DN – Como o senhor explica então essa necessidade de tornar a Celg mais competitiva? Ênio Branco – Todos os presidentes e diretores representaram um papel para o qual foram convocados naquele momento. Eu fui membro da diretoria da gestão passada. E tenho que reconhecer que todos fizeram esforço, com cada um agindo ao seu modo e ao seu jeito e atendendo aquele momento. A Celg é o resultado da soma de esforços de um quadro notável de empregados e de funcionários que têm uma história dentro de uma empresa. DN – A privatização seria uma saída para a recuperação da Celg? Ênio Branco – Não vejo a privatização como sendo o melhor modelo. Vejo como participação acionária de outros agentes e investidores que desejam efetivamente fazer com que a Celg tenha aporte de capitais de terceiros, mas com controle do Estado. DN – Esse não seria o primeiro passo para se efetivar a privatização da Celg? Ênio Branco – Não. Hoje a grande maioria das empresas, para não dizer a totalidade, tem uma diversidade de sócios. O Estado tem 98,3%, a Eletrobrás 0,7% e 225 investidores têm 1%. Há espaço para compor como sócio sem o Estado perder o controle. Isso é moderno. Isso é gestão de capital necessária para o bom andamento da empresa. DN – Quanto tempo será necessário para que a Celg tenha resolvido todos os seus problemas de ordem financeira? Ênio Branco – Nós não podemos mensurar um tempo para o nosso desejo de recuperação da empresa. Mas entendemos que ainda nesse exercício, no balanço do dia 31 de dezembro, a empresa apresentará resultados positivos.

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