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Carlos Leréia

Braço direito de MARCONI


Publicado em 10 Abril 2006

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João Carvalho, Goiânia
Carlos Leréia acredita em crescimento de Cidinho no governo
Carlos Leréia acredita em crescimento de Cidinho no governo
As pesquisas sobre intenção de votos ao governo do Estado não preocupam o deputado federal Carlos Leréia (PSDB). Segundo ele, a que realmente vai se aproximar da realidade será aquela realizada no dia 7 de setembro, portanto há alguns dias das eleições no primeiro turno. Ele acredita que o vice-governador Alcides Rodrigues (Cidinho) vai decolar no momento certo, assim que assumir o governo do Estado, quando terá mais visibilidade e a oportunidade de mostrar que realmente está preparado para governar o Estado. Leréia foi indicado para a presidência da Comissão das Minas e Energia na Câmara Federal, onde ele pretende fomentar o debate sobre o uso controlado do amianto no País. Segundo o parlamentar, o governador Marconi Perillo não pode ser responsabilizado pelo envolvimento de Sandro Mabel (PL) no escândalo do mensalão. “Ele não denunciou. Fez apenas um comentário”, disse. [b]Diário do Norte[/b] - O senhor assumirá efetivamente a Comissão de Minas e Energia? [b]Carlos Leréia[/b] - Trata-se de uma comissão permanente importante da Câmara Federal e coube ao PSDB indicar o seu presidente. Por unanimidade os companheiros me escolheram. Para Goiás foi importante a escolha porque temos produção de energia e um pólo minerador forte. Sem contar que temos a discussão do biodiesel, da questão da implantação do alcoolduto e outros projetos. Só de estarmos participando de todas essas discussões, para nós, do Estado, já é bastante importante. [b]DN[/b] - Com o senhor na presidência dessa comissão, o que muda em relação à questão do amianto? [b]Leréia[/b] - Não há como fazer mudanças. O que nós podemos fazer, e eu farei, é fomentar as discussões. Vou aproveitar esse espaço para estabelecer a discussão. Á frente da comissão eu vou apenas arbitrar. Farei com que a discussão chegue lá e as pessoas possam se informar a respeito do amianto, até porque há muita conversa trocada sobre o tema. [b]DN[/b] - Que avaliação o senhor fez das pesquisas (Serpes e Grupom)? [b]Leréia[/b] - As pesquisas, tanto para presidente como para o governo do Estado, refletem o momento. Eu diria que a pesquisa que mostra uma sintonia entre os números e a realidade é aquela feita após 7 de setembro. Antes disso é bem complicado. E em eleição nós temos vários momentos, principalmente se for eleição majoritária. O presidente Lula deu uma recuperada. Até porque está gastando maciçamente com mídia. Agora todos sabem que na pesquisa qualitativa ele não tem o formador de opinião. Ele perdeu essa massa. Ele está trabalhando no mesmo estilo do Hugo Chaves (presidente da Venezuela), que trabalha com a grande massa numa proposta populista para se reeleger. [b]DN[/b] - O que fazer para o vice-governador Alcides Rodrigues decolar? [b]Leréia[/b] - Ele está fazendo bem feito a pré-campanha. Ele tem viajado o Estado todo, fazendo inaugurações e visitas e depois vai assumir o governo. A partir do momento em que ele assumir o governo, terá muito mais visibilidade e vai melhorar o seu desempenho. [b]DN[/b] - Como e quando os problemas que a base aliada enfrenta (candidaturas do PFL e da chamada Frente Ampla) serão resolvidos? [b]Leréia[/b] - Eleição é assim mesmo. Na campanha de 1998 a gente tinha notícias todos os dias de pessoas e prefeitos que deixavam de apoiar o governador Marconi Perillo. Mas isso não nos impediu de tocar a campanha e de vencer as eleições. A conversação com os partidos políticos vai acontecer. Vamos procurar todos. Se der acordo, deu. Se não der, ninguém vai desistir por conta disso. [b]DN[/b] - O senhor já identificou os culpados por essa cisão dentro da base do governo? [b]Leréia[/b] - Não vejo esse problema. Cada um está lutando para ganhar. Em 1998 quem estava na oposição se reuniu e nós vencemos. Isso faz parte do jogo. Eu até gostaria que fosse obrigatório que todos os partidos apresentassem os seus candidatos. Seria ótimo se isso acontecesse. [b]DN[/b] - O PFL está completamente descartado como parceiro dentro da base aliada nessas eleições? [b]Leréia[/b] - Nesse caso nós temos uma questão que está ligada à eleição nacional e a eleição de parlamentares estaduais e federais. Não podemos descartar nada. A certeza absoluta é contar com os partidos que já deram a sua palavra, o PSDB, o PTB e o PPS. Os demais estão conversando. E isso vai ocorrer até à véspera das convenções. [b]DN[/b] - O senhor vê alguma relação entre o episódio da denúncia do mensalão, envolvendo o deputado Sandro Mabel (presidente do PL) e o seu afastamento da base aliada em Goiás? [b]Leréia[/b] - Não sei se houve algum tipo de estremecimento. Pelo menos no contato com a gente em Brasília continua o mesmo. Agora imagino que ele esteja querendo valorizar o PL dentro da estrutura de governo. Hoje eles têm o Ministério dos Transportes e o Dnit. Isso faz parte do jogo de quem está com o governo. [b]DN[/b] - O senhor acha que foi um erro aquela denúncia envolvendo o nome de Mabel? [b]Leréia[/b] - Não vejo dessa maneira. Primeiro, não houve denúncia. O governador Marconi Perillo relatou um fato em que ele disse a presidente Lula. O que houve foi apenas um comentário. Quem fez a denúncia foi o deputado Roberto Jefferson. [b]DN[/b] - Como o senhor está avaliando a questão da unidade dos partidos e lideranças em Minaçu para indicar apenas um candidato? [b]Leréia[/b] - Isso vai depender das pessoas lá. Eu torço pela união. Eu não vou intervir. Até porque fui candidato três vezes e nunca uniram para me apoiar. Se outra pessoa conseguir, tem meus parabéns. Não vou interferir de maneira alguma. São eles que têm de buscar o consenso. [b]DN[/b] - Cruzar os braços e esperar que eles resolvam tudo sozinhos não representa problema? [b]Leréia[/b] - De maneira nenhuma. Não posso entrar nessa discussão porque senão eu acabo preterindo um ou outro. Não pode ser dessa maneira. Essas pessoas que estão discutindo é que têm de encontrar uma saída. Agora o que pode dificultar é que cada uma dessas pessoas têm compromisso com um candidato a governador e este pode defender o lançamento de candidaturas nas cidades do porte de Minaçu. Esse seria um problema. [b]DN[/b] - O senhor defende as prévias no PSDB para escolha do candidato a presidente? [b]Leréia[/b] - As prévias seriam um dos caminhos. Penso que até o dia 15 de março vamos resolver esse problema. E o candidato no meu entendimento será o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

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