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Gracilene Batista

“A QUESTÃO SOCIAL ESTÁ NO MEU SANGUE”


Publicado em 12 Julho 2010

Eu­cli­des Oli­vei­ra

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CARLOS PORTUGUêS
Gracilene quer conquistar 15 mil votos só em Niquelândia
Gracilene quer conquistar 15 mil votos só em Niquelândia

A candidata a deputada estadual Gracilene Batista (PTB), de Niquelândia, conversou com a reportagem do Diário do Norte em sua residência, na tarde da quinta-feira (8), apenas dois dias após o início oficial da campanha eleitoral. Esposa do prefeito Ronan Rosa Batista, Gracilene ocupou a Secretaria Municipal de Assistência Social da cidade por diversas vezes, em períodos distintos. Agora, como candidata a uma vaga na Assembleia Legislativa, Gracilene mostra muita disposição para superar a inexperiência de nunca ter disputado uma eleição, com a expectativa de conseguir aproximadamente 20 mil votos em 16 cidades do Norte e do Nordeste do Estado. Desse número, ela espera o apoio de 15 mil niquelandenses. Gracilene disse que demorou em decidir se seria ou não candidata após sugestão de Ronan, com a aprovação do deputado federal Jovair Arantes (PTB), padrinho político do prefeito da cidade. "Eu não tinha pensamento político. Eu pensava mesmo na gestão dos trabalhos na Assistência Social que ainda não estavam no estágio que eu queria alcançar; e se era viável interromper esse trabalho, até porque sempre ajudei o Ronan na administração como um todo", comentou Gracilene.

Di­á­rio do Nor­te – A se­nho­ra tra­ba­lhou co­mo se­cre­tá­ria de As­sis­tên­cia So­ci­al de Ni­que­lân­dia. Mas a se­nho­ra é con­si­de­ra­da co­mo uma pes­soa tí­mi­da, do­na de um dis­cur­so mais evan­gé­li­co do que po­lí­ti­co, além de inex­pe­ri­en­te, já que nun­ca dis­pu­tou uma elei­ção. Co­mo a se­nho­ra ana­li­sa es­sas con­si­de­ra­ções so­bre o seu per­fil?
Gra­ci­le­ne Ba­tis­ta - Bem, é a pri­mei­ra vez que me can­di­da­to. Es­sas co­lo­ca­ções, das pes­so­as, nós pre­ci­sa­mos res­pei­tar. Sei que se­rei mes­mo ava­li­a­da pe­los meus elei­to­res e fi­co fe­liz em sa­ber que as pes­so­as já es­tão me ava­li­an­do. Is­so mos­tra que o nos­so elei­to­ra­do es­tá mais con­sci­en­te e que pro­cu­ra sa­ber mais so­bre o per­fil de ca­da can­di­da­to. Eu ve­jo a mi­nha inex­pe­ri­ên­cia na área po­lí­ti­ca co­mo um fa­tor po­si­ti­vo até. Na par­te ad­mi­nis­tra­ti­va, no to­can­te à mi­nha ges­tão (co­mo se­cre­tá­ria de As­sis­tên­cia So­ci­al), mo­dés­tia à par­te, con­si­de­ro que fiz uma boa ges­tão. Is­so sig­ni­fi­ca que cres­ci, que evo­lui e al­can­cei as me­tas do ges­tor do nos­so mu­ni­cí­pio (o ma­ri­do e pre­fei­to Ro­nan Ba­tis­ta), mas tam­bém aten­di aos an­sei­os da nos­sa po­pu­la­ção.

DN – Co­mo a se­nho­ra acer­tou a can­di­da­tu­ra com o pre­fei­to Ro­nan Ba­tis­ta?
Gra­ci­le­ne – Na ver­da­de, des­de o ano pas­sa­do, o Ro­nan vi­nha me abor­dan­do (so­bre a pos­sí­vel can­di­da­tu­ra), mas eu não ti­nha pen­sa­men­to po­lí­ti­co. Eu pen­sa­va mes­mo na ges­tão da se­cre­ta­ria e até mes­mo do mu­ni­cí­pio, até por­que, du­ran­te to­do o tem­po, sem­pre aju­dei o Ro­nan na­qui­lo que pu­de, na ad­mi­nis­tra­ção co­mo um to­do. E quan­do o Ro­nan me pro­pôs a can­di­da­tu­ra a de­pu­ta­da es­ta­du­al, eu es­tu­dei mui­to, pen­sei mui­to. Te­nho um fi­lho (Jo­ão Pe­dro) de se­te anos e os tra­ba­lhos na As­sis­tên­cia So­ci­al ain­da não es­ta­vam no es­tá­gio que eu que­ria al­can­çar; e tam­bém pen­sei se era vi­á­vel in­ter­rom­per es­se tra­ba­lho. Mas, de­pois acei­tei e ho­je es­tou bas­tan­te ani­ma­da.

DN – Há quem di­ga que a in­di­ca­ção do no­me da se­nho­ra co­mo can­di­da­ta foi, na ver­da­de, uma im­po­si­ção do de­pu­ta­do fe­de­ral Jo­va­ir Aran­tes ao pre­fei­to Ro­nan. Foi as­sim mes­mo?
Gra­ci­le­ne – Não hou­ve ne­nhum ti­po de im­po­si­ção. Na ver­da­de, o pre­fei­to Ro­nan tem mui­ta li­ber­da­de com o de­pu­ta­do fe­de­ral Jo­va­ir Aran­tes. Nós já apoi­á­va­mos o Jo­va­ir e já tí­nha­mos um vín­cu­lo de ami­za­de. Tan­to o Jo­va­ir quan­to o (se­na­dor) Mar­co­ni Pe­ril­lo nos acon­se­lha­ram que se­ria im­por­tan­te e vi­á­vel a in­di­ca­ção do meu no­me. Quan­do se pen­sou nu­ma se­gun­da pes­soa (pa­ra ser can­di­da­to) que não fos­se o Ro­nan, hou­ve a mi­nha in­di­ca­ção.

DN – Hou­ve co­men­tá­rios de que o de­pu­ta­do Jo­va­ir pres­sio­nou a se­nho­ra pa­ra a re­ti­ra­da de sua can­di­da­tu­ra, em fa­vor das pre­ten­sões po­lí­ti­cas de Hen­ri­que Aran­tes, fi­lho do de­pu­ta­do e ve­re­a­dor em Go­i­â­nia, que ago­ra é seu con­cor­ren­te nes­ta elei­ção. Is­so ocor­reu?
Gra­ci­le­ne – Is­so nun­ca ocor­reu, sob hi­pó­te­se al­gu­ma. Di­ver­sas pes­so­as já me abor­da­ram na rua, per­gun­tan­do is­so. Creio que es­sa in­for­ma­ção par­tiu da­qui de Ni­que­lân­dia mes­mo. Até mes­mo em ou­tros mu­ni­cí­pios, mais pró­xi­mos, as pes­so­as me fi­ze­ram es­sa in­ter­ro­ga­ção. O de­pu­ta­do Jo­va­ir, des­de o pri­mei­ro mo­men­to, acon­se­lhou que eu fos­se can­di­da­ta. Is­so não pas­sou de pu­ra es­pe­cu­la­ção.

DN – Dis­pu­tar a elei­ção pe­lo PTB, que exi­ge quan­ti­da­de sig­ni­fi­ca­ti­va de vo­tos pa­ra con­se­guir a vitória, não po­de­rá ser uma di­fi­cul­da­de adi­cio­nal na sua cam­pa­nha? Qual a vo­ta­ção que a se­nho­ra es­pe­ra al­can­çar?
Gra­ci­le­ne – Nós es­ta­mos tra­ba­lhan­do pa­ra al­can­çar um nú­me­ro aci­ma de 20 mil vo­tos. A nos­sa ex­pec­ta­ti­va é boa. Es­ta­mos com apoi­os em vá­rios mu­ni­cí­pios. Saí (can­di­da­ta) pe­lo PTB pen­san­do que, no mo­men­to em que che­gar­mos lá va­mos po­der dar um res­pal­do e um re­tor­no pa­ra os mu­ni­cí­pios que nos apo­i­a­rem e pa­ra o Es­ta­do co­mo um to­do, tam­bém.

DN – A se­nho­ra já tem apoi­os e pa­lan­ques con­fir­ma­dos em ou­tros mu­ni­cí­pios da Re­gi­ão Nor­te? 
Gra­ci­le­ne – Vou ci­tar ape­nas al­guns dos mu­ni­cí­pios, por­que a lis­ta é bem ex­ten­sa. Em Co­li­nas do Sul, te­mos o apoio de cin­co ve­re­a­do­res (da ba­se de apoio da ex-pre­fei­ta Cris­ti­na Fi­ú­za Ador­no). Em Al­to Pa­ra­í­so, te­mos o apoio de um ve­re­a­dor que, in­clu­si­ve, é o pre­si­den­te da Câ­ma­ra Mu­ni­ci­pal. Em Mi­na­çu, te­mos o apoio do ex-pre­fei­to Jo­a­quim Pi­res, que exer­ce uma li­de­ran­ça fo­ra do co­mum na ci­da­de. Em Mi­mo­so de Go­i­ás, nós te­mos o apoio da pre­fei­ta (Mi­riã de Sou­za Vi­dal, do PRB) e de mais se­te ve­re­a­do­res. Em Co­cal­zi­nho de Go­i­ás, te­mos o apoio do ex-pre­fei­to Sa­lo­mão (Cos­ta Araú­jo). Es­ses são al­guns dos nos­sos apoi­os. Mas, ao to­do, vou tra­ba­lhar a mi­nha can­di­da­tu­ra em 16 mu­ni­cí­pios do Nor­te, Nor­des­te e re­gi­ão da Cha­pa­da dos Ve­a­dei­ros.

DN – Em Ni­que­lân­dia o vi­ce-pre­fei­to Jo­sé An­to­nio da Cai­xa, que foi can­di­da­to a de­pu­ta­do es­ta­du­al em 2006; e o pró­prio pre­fei­to Ro­nan Ba­tis­ta; con­se­gui­ram cer­ca de 10 mil vo­tos, ca­da um. Es­sa é a ex­pec­ta­ti­va da se­nho­ra?
Gra­ci­le­ne – Nós va­mos tra­ba­lhar pa­ra al­can­çar um pou­co mais. Es­ta­mos tra­ba­lhan­do pa­ra al­can­çar mais de 15 mil vo­tos em Ni­que­lân­dia. Nos de­mais mu­ni­cí­pios que eu ci­tei, fa­rei um tra­ba­lho com vi­si­tas al­ter­na­das. Mas nas­ci em Ni­que­lân­dia, on­de as pes­so­as me co­nhe­cem e po­dem me ava­li­ar. Nas ou­tras ci­da­des, va­mos le­var ma­te­ri­al pa­ra que os elei­to­res pos­sam me co­nhe­cer.

DN – A sua cam­pa­nha se­rá ali­cer­ça­da em que ti­po de pro­pos­tas? Em ca­so de even­tual elei­ção da se­nho­ra, co­mo se­rá o tra­ba­lho na As­sem­bleia?
Gra­ci­le­ne – Nós va­mos apre­sen­tar es­se pla­no de tra­ba­lho. Mas acho que eu nem pre­ci­so di­zer: a ques­tão so­ci­al es­tá no san­gue, não tem jei­to. Ou­tra coi­sa se­rá a de­fe­sa do for­ta­le­ci­men­to dos mu­ni­cí­pios do Nor­te e do Nor­des­te de Go­i­ás.

DN – Co­mo será seu tra­ba­lho em prol dos mu­ni­cí­pios me­nos de­sen­vol­vi­dos?
Gra­ci­le­ne – Ca­da mu­ni­cí­pio tem seu po­ten­ci­al. Mas exis­tem mu­ni­cí­pios, co­mo Al­to Pa­ra­í­so, que não pos­su­em uma mi­ne­ra­do­ra, mas tem uma ri­que­za na­tu­ral, por seu tu­ris­mo eco­ló­gi­co. Nes­sas vi­si­tas, na pré-cam­pa­nha e ago­ra na cam­pa­nha, eu ob­ser­vo tu­do, o tem­po to­do. Is­so vai fa­ci­li­tar o meu tra­ba­lho de­pois. É cla­ro que, no ano que vem te­rei a opor­tu­ni­da­de de vol­tar a ca­da um dos mu­ni­cí­pios, com mi­nha equi­pe téc­ni­ca, pa­ra uma me­lhor ava­li­a­ção. Eu não pre­ten­do de jei­to ne­nhum fi­car em Go­i­â­nia, man­dan­do pa­ra ou­tros mu­ni­cí­pios, o que é man­da­do pa­ra Ni­que­lân­dia. Ti­ve es­sa ex­pe­ri­ên­cia na As­sis­tên­cia So­ci­al (de re­ce­ber in­su­mos e ma­te­ri­ais que não aten­di­am a ne­ces­si­da­de da pas­ta) e que­ro tra­ba­lhar de acor­do com os an­sei­os e ne­ces­si­da­des de ca­da ci­da­de.

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