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José américo

“A parceria não é obrigatória”


Publicado em 18 Maio 2008

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íris roberto
José Américo, da Agetop, durante reunião com prefeitos do Norte
José Américo, da Agetop, durante reunião com prefeitos do Norte
Num passado não muito distante era comum a Agetop ajudar as prefeituras. Mas hoje parece que a situação mudou. A Agetop quer parcerias com as prefeituras para obras emergenciais de tapa-buracos nas rodovias goianas deterioradas com as chuvas. Diário do Norte – O governo do Estado vai buscar apoio dos prefeitos para resolver o problema das GOs? José Américo – O governo entende que se contar com a parceria de todos os prefeitos que quiserem e puderem colaborar, nós daremos uma solução de tapa-buracos mais rápido. Após esse trabalho, nós vamos esperar o serviço de restauração que virá em seguida. Todos os recursos que eram necessários para o serviço de restauração já foram alocados e nós estamos iniciando processo licitatório, mas a conclusão desse serviço deve gastar ainda uns 60 dias para iniciar o serviço de restauração. Nesse período nós queremos o apoio dos prefeitos para fazer o serviço de tapa-buracos. Com esse trabalho nós podemos eliminar em 100% os buracos até que o serviço definitivo seja realizado. DN – Qual a realidade da malha viária do Estado hoje? José Américo – Considerando a extensão da malha, percentualmente não temos problemas significativos. Temos em torno de 10 mil quilômetros de malha pavimentada e desse total apenas 14% apresenta problemas, ou seja 1.400 quilômetros. E desses 1.400 quilômetros estão incluídos cerca de 500 quilômetros que precisam ser reconstruídos. Nesses casos houve perda da base (estrutura) da rodovia. DN – O Estado terá recursos para esse trabalho? José Américo – Sem sombra de dúvidas. Nós já temos R$ 52 milhões alocados. E conseguimos outros 50 milhões, que foram alocados para dar início à recuperação. DN – De onde virão esses recursos para investimentos? José Américo – Vem da arrecadação do próprio Estado e da recuperação de créditos através da Secretaria da Fazenda. DN – A culpa de toda essa situação com as rodovias do Estado é da 3ª Via. Seria esse o momento de acabar com esse programa? José Américo – Não. A culpa não é da terceira via. Uma rodovia não chega no ponto de degradação que chegaram as rodovias goianas só por um motivo. São vários os fatores que levam a essa situação. O principal fator que contribui para essa situação é, inicialmente, a idade das rodovias. Cada segmento que se encontra destruído você vai perceber que são segmentos com mais de 25 anos de execução. O que na realidade aconteceu no Estado é que não havia essa prática de restaurar as rodovias. No passado os governantes se preocupavam muito em fazer obras, mas não destacavam a restauração. E nós também registramos aumento grande de tráfego de veículos nas nossas rodovias. Não só de tráfego como também de cargas pesadas. Goiás nos últimos anos cresceu muito acima da média nacional. Além disso o nosso Estado é central e por onde cruzam as cargas que se deslocam no País. Também temos problema com a falta de recursos para a manutenção adequada. A somatória desses vários fatores fez com que as rodovias ficassem como estão. O que precisa agora é uma política séria dos governantes de agora e também do futuro para que tenham o elemento manutenção no patrimônio que já existe.

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