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2008 pode se repetir em 2010

Líder petista não descarta colocar o seu nome para disputa a cargo majoritário em Goiás


Publicado em 29 Junho 2008

João Carvalho-Brasília

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íris roberto
Deputado Rubens Otoni durante entrevista ao jornalista João Carvalho, em Brasília
Deputado Rubens Otoni durante entrevista ao jornalista João Carvalho, em Brasília

As eleições de 2008 terão continuidade em 2010. Pelo menos é assim que pensa o deputado federal Rubens Otoni, do PT. Ele explica que a aliança com o PMDB de Iris Rezende, em Goiânia, faz parte de uma articulação que terá desfecho na disputa ao governo do Estado. Rubens frisa que apesar de, num primeiro momento, ter se posicionado contra a aliança com o PMDB, ele agora acata a decisão da maioria e vê chances do seu nome estar na disputa a um dos cargos majoritários no pleito de 2010, quando o PT espera repetir a aliança de 2008 na capital do Estado.

Diário do Norte – O PT errou ao não lançar candidatura própria em Goiânia, considerando que o partido sempre teve candidato na capital desde a abertura política, em 1985?
Rubens Otoni – Essa é uma discussão vencida dentro do PT. O partido, de maneira democrática, debateu de maneira exaustivamente as opções que tinha para o processo eleitoral para este e, por maioria dos filiados, fez a opção com uma aliança com o PMDB. Eu fui daqueles que defendia candidatura própria. Mas hoje estou totalmente empenhado para que a opção feita pelos filiados de Goiânia conquiste o maior número de frutos possível para o PT. O que nós queremos é construir uma aliança vitoriosa em Goiânia que garanta um projeto do presidente Lula em Goiânia.

DN – O senhor falou que essa é uma discussão vencida dentro do partido, mas e o eleitor do PT como é que fica nesse processo todo, considerando que esse eleitorado sempre apostou no partido justamente por se posicionar contra o PMDB na capital?
Otoni – Imagino que o eleitor, como sempre, procura se informar e percebe o motivo e o que se busca ao realizar uma aliança entre o PT e o PMDB em Goiânia. Aliás, quando eu defendia a candidatura própria, o fiz pensando muito mais no impacto que isso teria no projeto estadual e no que representaria nos outros municípios e nas outras regiões. Mas, no sentido do eleitor de Goiânia na busca do seu voto, eu vejo total coerência nesse encaminhamento, até porque PT e PMDB defendem o mesmo projeto político nacional que é liderado pelo presidente Lula. 

DN – Do ponto de vista estratégico, que reflexo terá essa aliança com o PMDB para as próximas eleições, em 2010?
Otoni – Eu fiz uma opção, na medida em que o partido optou pela aliança com o PMDB, de trabalhar para que o PT tire o melhor proveito possível dessa decisão, além de criar as condições de harmonia interna e de relacionamento externo para que pudéssemos avançar nos nossos trabalhos.

DN – Esse acordo em Goiânia assegura uma aliança para 2010?
Otoni – Uma aliança como esta na capital do Estado é natural que tenha todas as condições de buscar a sua continuidade. Até porque o projeto do governo Lula é permitir que possamos chegar em 2010 com o máximo dessa base de apoio unificada. E é este o nosso objetivo, de garantir que os partidos que apóiam o presidente Lula hoje cheguem em 2010 com um único projeto, um único programa e, se possível, uma única chapa majoritária para disputar as eleições no Estado. E é claro que nesse sentido, uma aliança como esta na capital passa a ser um dos eixos de sustentação dessa proposta.

DN – Há espaço para o PT trabalhar pensando no nome do senhor para 2010?
Otoni – Ainda é muito cedo para discutirmos nomes para 2010. O que existe é um desejo de unificar a base do presidente Lula para um único projeto em 2010. Primeiro nós precisamos definir quais serão os partidos que estarão comprometidos com esse projeto, para depois levantar os nomes disponíveis. E numa discussão como esta, é natural que o PT seja lembrado para estar representado na chapa majoritária. Se isso acontecer, é natural que dentro do PT o meu nome também seja lembrado.

DN – Como será a campanha do PT em Anápolis, onde o irmão do senhor, o vereador Antônio Gomide foi o escolhido à disputa?
Otoni – Em Anápolis o PT está muito bem organizado. É um partido forte e respeitado na sociedade pela sua ação na cidade. É isso que faz com que a candidatura de Antônio Gomide esteja na disputa direta das eleições desse ano. Tenho absoluta certeza de que o PT tem todas as chances de chegar no segundo turno e, chegando lá, poderá vencer as eleições.

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