Publicado em 18 Agosto 2013
Euclides Oliveira
"Há mais de dois anos eu estava refletindo e rezando para pedir a Deus - e aos amigos que estão mais próximos - uma orientação a esse respeito (a renúncia). Existem, dentro do ser humano, outras expectativas em relação à vida e aos projetos pessoais, relativos a vida pública e política. Estou querendo ingressar nesse trabalho. Claro que o sacerdócio é maravilhoso e eu vivi isso integralmente, por quase 20 anos, dedicando-me à Igreja e a edificação espiritual das comunidades onde trabalhei. Tenho muito respeito à Igreja e devo muito a ela, que me acolheu, me amou e me formou. Porém, eu me percebi - psicologicamente e afetivamente - na situação de não mais conseguir conduzir o meu sacerdócio. Ninguém pode brincar de ser padre. Por isso é que pedi ao bispo a minha dispensa pautado na honestidade comigo mesmo; com Deus; e com as pessoas", comentou padre Edilson.
Em março passado, Edilson retirou-se da função de pároco da Paróquia Nossa Senhora da Abadia em Niquelândia - onde atuou desde fevereiro de 2006 - quando também dedicou-se como ecônomo da tradicional Romaria do Muquém. Neste ano, pelo seu trânsito com diversas autoridades, angariou R$ 500 mil à realização da romaria. Com fama de "edificador de obras" - não só de evangelização, mas de concreto também - ampliou os espaços de convivência dos católicos na igreja em Niquelândia; e também na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (em Minaçu, onde atuou entre 1999 e 2006) somente com doações angariadas com o dízimo e outras contribuições dos fiéis católicos. Nos últimos meses, o padre fixou residência em Uruaçu (onde conversou com o DN, na última semana) e atuou como ecônomo da diocese, assessorando dom Messias. Em breve, o religioso transferirá seu domicílio eleitoral de Niquelândia para Uruaçu, cidade onde deverá ocorrer seu provável ingresso na vida pública.
"Isso não é um projeto de vaidade pessoal. Se a comunidade e se as lideranças perceberem que tenho, de fato, condições de galgar um posto nessa área política, meu nome estará aberto aos cargos públicos que eu, porventura, possa trilhar e disputar. Anteriormente, nunca me abri a esse projeto por respeito e determinações jurídicas da Igreja. Quero, agora, estabilizar-me socialmente e financeiramente. Preciso ter um trabalho, preferencialmente na área de gestão, que conheço muito bem. A questão afetiva não me preocupa agora. Não estou ainda pensando em casar e ter filhos, por enquanto. Claro que isso pode acontecer. Mas o mais importante de tudo é que o meu amor a Deus e à Igreja continuam intactos. Meu comportamento ético e moral (como ex-padre) vai ser o mesmo. Antes de ser padre, eu já era cristão. E vou continuar vivendo com tal, de maneira ilibada", afirmou o padre.
Com convites para ocupar um cargo na administração da prefeita Solange Bertulino (do PMDB, que já abriga o ex-padre Wemerson de Araújo Fonseca) e do governador Marconi Perillo (do PSDB, com quem cultiva amizade de longa data) para assumir alguma função no Governo do Estado, o "futuro ex-padre", por assim dizer, deverá ingressar em algum partido alinhado com as duas legendas de maior rivalidade histórica em Goiás, tão logo definir onde irá trabalhar após abdicar em definitivo da igreja.
Dona Laura: a benzedeira de 70 anos de carreira
CERES/CARMO DO RIO VERDE: Homem passou aperto com coco no ânus
Governo publica lista de nomes dos anistiados da Caixego
Quatro pessoas morrem em acidentes em Porangatu
Adolescente engravida a própria irmã de 12 anos
Casal morre carbonizado em acidente na Rodovia do Muquém
Vereador de Campos Verdes tenta matar amante a tiros
Mulher de ex-candidato a prefeito de Formoso morre em acidente
Homem surta, entra na igreja armado e fere fiéis durante culto
Professor do Sesi-Senai é encontrado morto após 16 dias de desaparecimento