Publicado em 05 Julho 2016
Gabriel Rodoval de Lima, estudante de medicina na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata, orientado pelo professor Dr. Flavio Mavi
Nesta semana o trecho de um livro me incomodou bastante: “implica saber que ela [natureza] gera e destrói. [...] câncer é tão natural quanto os passarinhos [...]”. Grosso modo, não foi a biologia do câncer em si que me intrigou, mas a infelicidade do autor, talvez involuntária, na expressão de sua ideia. Isso porque uma das interpretações que vieram a minha mente foi a de que a culpa do câncer é da natureza, e se o câncer é um processo tão natural assim, talvez eu possa “desfrutar” de hábitos que não sejam saudáveis, já que muito provavelmente terei a doença de qualquer forma – naturalmente – um conceito bastante discutível.
No documento “Políticas e Ações para Prevenção do Câncer no Brasil”, disponibilizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), são divulgadas estimativas do Fundo Mundial para Pesquisa Contra o Câncer que revelam a fração prevenível da doença no Brasil mediante hábitos de vida saudáveis. Segundo os especialistas, um em cada três casos dos tipos mais comuns de câncer poderiam ser evitados com alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequados, sendo que em relação aos cânceres de boca, faringe, laringe e esôfago, três em cada cinco casos poderiam ser prevenidos.
Ainda de acordo com o INCA, cerca de 600 mil novos casos da doença são esperados no Brasil para os anos de 2016 e 2017, um número bastante elevado. Esses dados, aliados a noção de que o câncer nem sempre é inevitável (claro, seria ignorância dizer que fatores genéticos não são relevantes), revelam a importância da união entre governo e população para a implementação de políticas de controle e prevenção da doença. Contudo, o papel mais importante continua sendo o individual. Muitas vezes trocamos nossa saúde pelo trabalho, estudos ou até mesmo ociosidade, sem nos darmos conta de que ela é o nosso bem mais valioso e de que, como já dizia Schopenhauer, “o maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem.”
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