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OPINIÃO

Feminicídio é a base para outras violências  

Parte considerável dos homicídios em Goiás e no Brasil é contra mulheres


Publicado em 21 Abril 2019

Jeferson Rodrigues

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Divulgação
Deputado estadual Jeferson Rodrigues
Deputado estadual Jeferson Rodrigues

A criminalidade é hoje o maior desafio da sociedade brasileira. Enfrentá-la exige técnica, conhecimento e, sobretudo, coragem. 
A primeira ação necessária é compreender que parte considerável dos homicídios que ocorre em Goiás e Brasil ceifa a vida das mulheres - justamente quem mais cuida das famílias, muitas delas, inclusive, sem a figura masculina presente. Vivemos uma era de barbárie e, permita-me inovar, "familicídio". 
Sim, matar a mulher, portanto, é matar a família. É matar a sociedade.  Sem mãe, a família desaba, o filho vai para a rua, se entrega para as drogas, todo o sistema entra em ruína. 
Existem no Brasil 28,9 milhões de lares chefiados exclusivamente pelas mães. Ou 40% de casas cuja manutenção depende destas guerreiras. 
Este simples dado extraído do IBGE já é suficiente para chamar a atenção quanto ao fato de 4.473 mulheres terem sido assassinadas em 2017.  Detalhe: conforme pesquisa do ano passado, Goiás ocupa o segundo lugar nesta modalidade de crime. 
Diante deste cenário assustador, precisamos agir com convicção. Apenas políticas públicas sociais e de segurança efetivas podem reduzir estes alarmantes índices. 
Como deputado estadual empenhado nesta luta pretendo sugerir ações nos municípios para coibirem a violência e estancar o cenário de morte que ronda os lares. Vamos agir junto ao sistema de segurança pública para que mais cidades tenham delegacias da mulher. Quanto a dinâmica social, precisamos privilegiar as mulheres com políticas que resgatem a dignidade da família através de aprimoramento da renda. 
Antes que passemos a contar os casos de "familicídios", que ousei aqui denominar como a morte de nossas famílias, vamos mudar a realidade com planejamento e determinação.  Com a ajuda das igrejas, organizações sociais, moradores, com certeza, o Estado poderá mudar estes números. 
Pretendo apresentar uma série de ações em 2019 tendo em vista esta luta que enfrentamos diariamente.
Com penas mais duras, que diferenciam o homicídio simples daquele criminoso que mata a 'mulher' por conta de sua condição humana, tem ocorrido grande subnotificação no Brasil. Subnotificar é classificar incorretamente o tipo de assassinato. 
Afinal, nem sempre o autor do crime é flagrado ou reconhecido na cena do crime. E com isso a motivação se perde através da fuga do bandido. Ainda que preso posteriormente, isso pode gerar penas menores. Meu compromisso é lutar para que a polícia investigativa seja cada vez mais aprimorada  para que o autor do feminicídio seja efetivamente investigado e condenado com a pena mais grave. 

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