Publicado em 25 Outubro 2015
Euclides Oliveira
Alto Horizonte, terra fértil do minério de cobre e ouro no Norte do Estado, vive um cenário de incertezas políticas e econômicas faltando um ano para as eleições municipais de 2016. Com a redução da fartura dos recursos do royalties minerais, o prefeito Oildo Silveira (PP) cortou gastos e faz uma gestão alicerçada na eficiência administrativa, sem grandes ´arroubos de criatividade´ demonstrados por seu antecessor, o ex-prefeito Luiz Borges da Cruz, o Cabo Borges, prefeito de Alto Horizonte por dois mandatos entre 2005 e 2012 pelo PSDB, que foi reeleito em 2008 numa inédita candidatura única. Borges, com seu estilo peculiar, mostrou força política e fez que seu gestor administrativo - de perfil notadamente técnico - fosse eleito e efetivado no cargo de prefeito depois de tensa batalha judicial só resolvida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
Numa rápida olhada, seria natural acreditar que Borges apoiasse a reeleição de Oildo para um eventual segundo mandato, nas eleições do ano que vem. Afinal de contas, Oildo adequou as contas da Prefeitura de Alto Horizonte e faz uma gestão parcimoniosa. Porém, em levantamentos feitos pelo Diário do Norte com profundos conhecedores dos meandros da política em Alto Horizonte, a situação não é bem assim: Cabo Borges, o prefeito das obras monumentais, estaria bastante descontente com o suposto declínio da cidade onde nunca faltou dinheiro da Yamana Gold. E está, segundo as fontes ouvidas pelo DN, indo de casa em casa em Alto Horizonte para garantir que realmente será candidato a prefeito no ano que vem, para barrar a reeleição de seu ex-pupilo e sucessor. Inclusive, estaria fazendo pesquisas a cada 60 dias para avaliar a aceitação de seu provável retorno à prefeitura, que ele intitulou "Palácio do Cobre", denominação abolida por Oildo após assumir a prefeitura. E Oildo, que nunca admitiu publicamente uma desavença com Borges, busca viabilizar sua reeleição. Mas já é moeda corrente em Alto Horizonte que, caso não seja candidato, Oildo não subirá no palanque de Cabo Borges. Eles estão ´rachados´, mas agem discretamente para não rachar o grupo político formado há longa data, temerosos com o fortalecimento do PMDB local que foi governo por quatro meses em 2014 quando Hernandes Maurício da Silva foi prefeito na briga jurídica que determinou o afastamento de Oildo do cargo.
Quem corre por fora - mas que também pode pleitear a Prefeitura de Alto Horizonte no ano que vem - é o vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Waltemy Braz Gomides, que deixou o PSDB e foi para o PROS. Waltemy, que é fiel a Oildo, foi prefeito interino no início de 2013 quando Oildo ainda tinha problemas com a Justiça Eleitoral. Waltemy, que trocou estrategicamente de partido, não quer duelar pela vaga majoritária com o atual vice-prefeito, Silvestre Rodrigues Fróes, que ficou no PSDB. Silvestre era o candidato pessoal de Borges em 2012, mas o candidato ´do grupo´ era Oildo. Silvestre também quer ser prefeito - nos eventos de Oildo, se sobressai bastante nos discursos, pela experiência adquirida como vereador - e a tarefa pode ser facilitada, já que Borges está com um pé no PSD de Vilmar Rocha. A preço de hoje, Waltemy não apoia Borges; Borges não apóia Oildo; e Oildo não apoia Borges. O necessário entendimento, na base do governador Marconi Perillo (PSDB) em Alto Horizonte, ainda não está visível a olho nu.
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