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CRIME EM FAMÍLIA

Tragédia familiar choca Porangatu

Perícia indica que mãe e filha foram asfixiadas. Filho é o principal suspeito


Publicado em 22 Junho 2013

Sheilismar Ribeiro

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divulgação/FACEBOOK
Betinha e Iraci, mãe e filha: morte por enforcamento em Porangatu
Betinha e Iraci, mãe e filha: morte por enforcamento em Porangatu

Tão chocante quanto a morte da mãe e filha que ocorreram na mesma semana, no início de abril deste ano, foi o resultado do laudo pericial, exame laboratorial e necropsia, dos corpos da aposentada Iraci Francisco da conceição, de 68 anos, que faleceu no dia 2 de abril; e de sua filha Elizabeth Francisco dos Santos, carinhosamente conhecida como "Betinha do Fórum", que veio a óbito no dia 9 de abril, exatamente sete dias após a morte de sua mãe. O que a princípio teria sido apontada como morte natural das duas vítimas, agora ficou evidenciado através dos exames que mãe e filha morreram por asfixia mecânica, com golpe popularmente conhecido como gravata. Outro fato chocante é que o suspeito dos dois crimes é um dos irmãos da Betinha, Fábio Francisco da Conceição, 37 anos, de acordo com a delegada Cynthia Christyne Alves, de Porangatu.

De acordo com a delegada, a motivação seria a divisão dos bens da família. Fábio está detido preventivamente por outro motivo, por descumprir medida protetiva contra a ex-namorada. Ainda de acordo com a delegada, as suspeitas da morte da mãe e da irmã recaem sobre ele por vários motivos. “Somente ele estava com as duas vítimas no momento da morte delas, as mortes foram causadas de modo semelhante e, durante a instrução, apareceram vários indícios que apontam o Fábio como o autor desses dois homicídios. Ele tumultuou bastante e provavelmente atentaria contra vida dos outros irmãos e até de outras pessoas”, explicou a delegada.

ENTENDA O CASO

Conforme relatado na edição 981, página 18, devido à sua ligação com a mãe, o comentário em Porangatu era de que Betinha não teria suportado a perda e também teria morrido de causas naturais no sétimo dia após a morte da sua mãe. Porém, dois dias após o enterro de Betinha, no dia 12 de abril, equipes da Polícia Civil e Técnico-científica foram até o cemitério daquela cidade para exumar e colher material dos corpos. O pedido de exumação teria sido solicitado por outro irmão de Betinha, Walter júnior, que reside em São Valério, no Tocantins. “Ele nos procurou e apresentou evidências que demonstravam que as mortes haviam sido causadas e não naturais. Muitas pessoas foram ouvidas e o Fábio entrou em contradição várias vezes. Com as provas testemunhais e técnicas não temos dúvidas de que ele tenha cometido os dois crimes”, assegurou a delegada. Betinha faleceu aos 44 anos, sem filhos e deixou três irmãos. Por 18 anos trabalhou no Fórum de Porangatu onde ocupava o cargo de escrevente judiciária II, na Escrivania da Vara Criminal.

HOMENAGENS

O primo Mário Cavalcante, ainda chocado com o fato disse: "Na família amamos a todos, mas sempre temos alguém em especial, essa pessoa era a Betinha. Estou sem chão e torço para que essa suspeita não seja verdadeira. Seria muito pior do que já é para todos nós". Muito conhecida, familiares e amigos fizeram questão de elevar as qualidades em um perfil da internet, conforme o trecho em que a amiga Carla Marques a descreveu: "... Amiga de todos e de todas as horas. Mãe dos irmãos e da própria mãe. Irmã de quase uma cidade inteira... Trabalhadeira não só no Fórum, mas na sua casa e nas dos outros. Solidária, fazer favor aos outros era sempre um prazer... Festeira, graças a Deus ela aproveitou cada segundo de cada festa, de cada amigo... Defeito, seu maior defeito foi o excesso de virtudes...".

 

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