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BR-153

Sociedade pede duplicação

Entidades, políticos e a população fizeram protesto pacífico na BR-153 para pedir a sua imediata duplicação a fim de acabar com os constantes, tristes e trágicos acidentes


Publicado em 03 Junho 2017

Pedro Gomes

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Pedro Gomes
BR-153 foi interditada por cerca de meia hora. Sociedade exige a duplicação imediata para evitar acidentes
BR-153 foi interditada por cerca de meia hora. Sociedade exige a duplicação imediata para evitar acidentes

A BR-153 foi fechada por cerca de meia hora na manhã desta quarta-feira (31) no trevo central de Porangatu. O movimento que contou com a participação de representantes das principais entidades constituídas no município, entre elas ACIAP- Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Porangatu, Prefeitura e Câmara Municipal, Conselho Municipal de Segurança, Lions e Rotary Club, Sindicato Rural e maçonarias aconteceu em protesto aos acidentes graves que ocorreram nos últimos dias e reivindica a restauração do asfalto, bem como a duplicação imediata da BR-153 entre Anápolis e o Estado do Tocantins.
Não houve tumulto e policiais do Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) controlaram o trânsito e soldados da Polícia Militar, agentes da Polícia Civil e socorristas do Samu e Corpo de Bombeiros estiveram de prontidão no local para agirem em casos de emergência.
O prefeito Pedro Fernandes e o presidente da Câmara Municipal, Edmilson Andrade, acompanhados de mais nove vereadores, além de secretários municipais também foram dar apoio à manifestação. Todos vestidos de amarelo em menção ao movimento "Maio Amarelo, Atenção pela Vida", campanha de proporção internacional de mobilização e conscientização para a redução de acidentes no trânsito, os manifestantes bloquearam a rodovia e exibiram cartazes exigindo o início das obras em caráter imediato.
Mesmo tendo que esperar na fila e diante do risco eminente de atrasos nas viagens, os motoristas demonstraram muita tranquilidade durante o protesto e deram apoio aos manifestantes. Luiz Cláudio é motorista de caminhão há mais de dez e transporta mercadorias diversas de São Paulo para o Estado do Maranhão, rota que ele faz duas vezes por semana, e disse que já presenciou várias ocorrências graves provocadas pela falta de segurança na BR-153.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a maioria dos acidentes registrados nas rodovias federais é causada justamente por colisões frontais, acidentes frequentes nas pistas que não são duplicadas. Ainda de acordo com a PRF, nos últimos quatro anos, quase 400 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsitos na BR-153 entre Anápolis e a divisa com o Estado do Tocantins. No mês de maio em uma única semana quatro pessoas morreram em acidentes graves próximo à cidade de Porangatu.
Da tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado Júlio da Retífica parabenizou os organizadores da ação que, segundo ele, é uma ação em defesa da vida. Júlio lembrou das muitas vezes que foi a Brasília para pedir a duplicação da BR-153. "Há muito tempo que temos trabalhado para que a rodovia seja duplicada. E nossa atuação nesse sentido não vai parar. Ao contrário, vamos intensificar essa reivindicação que é justa. Até quando vamos ver famílias inteiras serem vítimas de acidentes no trânsito? Acho que não podemos mais aceitar essa situação", defendeu Júlio. 
Segundo informou o presidente da Aciap - Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Porangatu, Márcio Luís, a manifestação trouxe dois aspectos fundamentais que precisam ser destacados, onde obviamente o primeiro foi a mobilização da comunidade em defesa da duplicação da BR-153; ainda a importância econômica da rodovia e o intenso fluxo de veículos que ela absorve que exigem urgentemente melhorias em sua estrutura.
Para Márcio Luís, as tragédias ocorridas sucessivamente são fatos lamentáveis causados ao longo dos anos por toda esta problemática e que tem afetado de forma impactante toda a sociedade. "São tragédias diárias que lamentavelmente acompanhamos, sobretudo por força das colisões frontais, o que por sua vez trazem também mais prejuízos a sociedade como um todo, através dos tratamentos médico hospitalares das vítimas, e a própria interrupção da pista, cada vez mais comum, travando sua força econômica. Outro ponto relevante da mobilização foi a união da sociedade civil organizada, mostrando que quando as instituições superam suas diferenças e atuam de maneira conjunta, os bons resultados não tardam a ocorrer", assegurou Márcio Luís.

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