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NIQUELÂNDIA

PM salva motorista que ficou preso em câmara fria de veículo


Publicado em 05 Abril 2012

Euclides Oliveira

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Você já se imaginou trancado num local cuja porta não tem maçaneta pelo lado de dentro? E com a clara sensação que poderia virar um picolé? Pois foi o que aconteceu por volta das 18h05 da segunda-feira (23), em Niquelândia, quando o motorista Manoel Joaquim da Cunha, de 58 anos, de Goiânia, ficou preso na câmara fria do caminhão-baú, placa NKF-6709, da empresa que trabalha, Ele só não morreu congelado porque estava com o celular no bolso e conseguiu chamar a Polícia Militar (PM) pelo telefone 190 para o atendimento da inusitada ocorrência. O fato ocorreu no pátio de um posto de combustíveis no entroncamento das rodovias GO-237 e BR-414, as duas principais entradas e saídas da cidade. Ao ser socorrido pelos PMs, Manoel contou que a porta do baú refrigerado travou de repente. Ele começou a dar murros e a gritar, de dentro do caminhão, mas ninguém o escutava. De acordo com o B.O registrado pela corporação, o motorista tremia de frio e estava bastante pálido, praticamente num quadro de hipotermia. Isso ocorre quando, de modo não-intencional, a temperatura corporal do organismo fica abaixo do normal - 35 graus - prejudicando o metabolismo.  Se a temperatura ficar abaixo de 32 graus, a condição pode ficar crítica ou até fatal. Para se ter uma idéia da gravidade do caso registrado pela PM em Niquelândia, temperaturas abaixo de 27 graus são quase sempre fatais. Segundo empresas que fabricam carrocerias frigoríficas para transporte de produtos resfriados e congelados, a temperatura é regulada numa escala entre 18 graus negativos a 15 graus positivos, de acordo com o tipo de mercadoria. "Ele (o motorista) saiu do baú; nos abraçou; chorou de emoção nos agradeceu várias vezes; disse que foi Deus que colocou nossa guarnição para salvar a vida dele; e que iria rezar por toda PM goiana, pois ele não sairia vivo de lá (da câmara fria) se não fosse a nossa intervenção", relatou o sargento Valdir Gonçalves de Melo, da 4ª CDPM, que prestou o socorro juntamente com o soldado Gilson.

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