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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Maracá aplica R$ 204 mil em projetos sociais

Dez iniciativas foram contempladas com os recursos: é pouco, mas contribui


Publicado em 26 Outubro 2009

Euclides Oliveira

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Euclides oliveira
Carla, Osvaldo, Wilson, prefeito Cabo Borges e Paulo: parcerias
Carla, Osvaldo, Wilson, prefeito Cabo Borges e Paulo: parcerias

Dez projetos apresentados por entidades, associações e organismos das prefeituras de Alto Horizonte, de Nova Iguaçu de Goiás e de Campinorte vão receber R$ 204.302,02 em investimentos da Mineração Maracá. Os pleitos foram aprovados por terem se encaixado nos rígidos critérios de sustentabilidade e responsabilidade social da terceira edição do "Seminário Sobre Parcerias" da multinacional canadense Yamana Gold. Como se sabe, o conglomerado explora ouro e cobre no Projeto Chapada, em Alto Horizonte.
Em linhas gerais, previa-se a aplicação de R$ 240 mil. Ou seja, R$ 80 mil para cada cidade. No entanto, apenas em Campinorte essa verba será disponibilizada em sua totalidade, para três projetos distintos. Na quinta-feira (22), no Centro de Convivência da Paróquia Nossa Senhora da Guia, a Prefeitura de Campinorte conseguiu R$ 40 mil (50% do total disponível) por ter apresentado o melhor projeto na avaliação do Comitê Gestor da empresa: a construção de um Centro de Reabilitação para os portadores de deficiência física da cidade, orçado em R$ 57.193,00.
Na área da Educação, a Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida vai receber R$ 24 mil (30% do total disponível, por ter apresentado o segundo melhor projeto) para a construção de um espaço poliesportivo para os alunos da escola. A obra, ao todo, custará R$ 34.285,70. Por fim, a ONG Mulher em Ação vai receber R$ 16 mil (20% do total disponível, por ter apresentado o terceiro melhor projeto) para a aquisição de máquinas de costura. No total, o projeto da ONG está orçado em R$ 60 mil. Para tanto, solicitaram R$ 40 mil de contrapartida da Maracá, mas não obtiveram êxito junto à multinacional para tal pedido.

NOVA IGUAÇU
Na quarta-feira (21), foi a vez de Nova Iguaçu de Goiás ser contemplada com investimentos de R$ 74.848,50 da mineradora para o desenvolvimento de quatro projetos, a saber: A Igreja Católica vai receber R$ 38.750,00 dos R$ 55.357,14 que precisava para a aquisição de uma estrutura metálica que servirá de cobertura para a Capela Nossa Senhora Aparecida.
Em segundo lugar, ficou a prefeitura, que irá receber R$ 14.091,00 para a construção de um parquinho para a creche do município. A obra está orçada em R$ 20.130,00. A prefeitura também emplacou o terceiro lugar no Seminário Sobre Parcerias da Mineração Maracá, ao ser contemplada com R$ 15.813,02 dos R$ 22.590,02 que pretende gastar para a compra de equipamentos de uma sala de leitura, de vídeo e de espetáculos artísticos na Escola Municipal Branca de Neve.  Por fim, o Colégio Estadual Costa e Silva, em quarto lugar, auferiu R$ 6.149,48 para a compra e instalação de luminárias na quadra de esportes da instituição de ensino. A melhoria, no total, custará R$ 8.849,18. Os resultados foram anunciados no plenário da Câmara Municipal da cidade.

ALTO HORIZONTE
O Seminário Sobre Parcerias da Mineração Maracá começou na manhã da terça-feira (20), na Câmara Municipal de Alto Horizonte. Na cidade-sede do Projeto Chapada, a Mineração Maracá irá disponibilizar apenas R$ 49.473,52 dos R$ 80 mil previstos, para viabilizar três projetos. Em primeiro lugar, classificou-se a Associação de Pequenos Produtores da Região Fanha e Funil. A entidade obteve R$ 22.419,00 dos R$ 32.381,95 orçados para a construção de galpões e aquisição de equipamentos para instalação de uma granja de frango caipira.
A Prefeitura de Alto Horizonte conseguiu os R$ 13.510,00 para que o Colégio Municipal Cora Coralina adquira materiais e contrate instrutores para a implantação do Projeto Educarte, orçado em R$ 19,3 mil. Já a Cooperativa de Costureiras de Alto Horizonte (Coopercon) conseguiu R$ 16.073,52 para a aquisição de equipamentos de silk-screen (serviço que hoje é terceirizado) e para a realização de curso de aperfeiçoamento. No total, a ampliação das atividades da cooperativa vai custar R$ 22.962,18. É a segunda vez que a Coopercon é contemplada com recursos pela Maracá.

EMPRESA dá DINHEIRO
Porém, o anúncio de que os R$ 30.526,48 restantes dos R$ 80 mil voltariam para o caixa da multinacional (sem rateio igualitário para as três iniciativas vencedoras e para os projetos classificados em quarto e quinto lugares) causou certo mal-estar entre o público presente e os representantes da mineradora.  Entretanto, o gerente corporativo de Responsabilidade Social e Comunidades da Yamana Gold, Osvaldo Filho, rebateu a crítica em tom ameno, citando que a empresa tem uma política de investimentos criteriosa, bastante diferente de uma simples e aleatória distribuição de dinheiro.
O resultado em Alto Horizonte, segundo ele, era esperado pelo conglomerado, uma vez que a cidade administrada pelo prefeito Luiz Borges da Cruz, o Cabo Borges (PSDB), não possui entidades e associações organizadas em número significativo para angariar o recurso total ofertado pela empresa. Mais projetos concorrendo na cidade, pleiteando valores menores, seria a forma de garantir a utilização total da verba.
"Esse é o nosso desejo. Mas, dentro do regulamento do nosso seminário, não se pode mudar o projeto já apresentado. Ou seja, se eu digo que vou construir 100 metros de parede, eu tenho que construir essa metragem. Nossas regras são simples, mas são justas. E a única forma que as associações têm para serem beneficiadas, à medida que vão ficando abaixo na classificação, é o aumento do percentual da sua contrapartida", explicou Osvaldo Filho. Num primeiro momento, detalhou ele, a empresa pede investimento mínimo de 30% da parte interessada. Além dele, participaram do anúncio dos resultados o gerente administrativo da Maracá, Wilson Borges; o gerente-geral do Projeto Chapada, Paulo Gontijo; a analista de relacionamento com as comunidades, Josielle Padilha; e a coordenadora de Segurança, Saúde e Meio ambiente, Carla Peres Sena.

BORGES APROVA
Na oportunidade, o prefeito Cabo Borges disse que a Mineração Maracá tem dado exemplos claros de que está ajudando a comunidade, com suas ações sociais. Para o prefeito, a empresa não apenas entrega o benefício, mas estimula a participação popular, com a oportunidade dada aos moradores de escolher os melhores projetos. "Isso cria uma cultura de participação. Se todas as empresas que fazem investimentos sociais adotassem esse mesmo método, melhoraria muito a relação da população com as multinacionais que sediam empreendimentos na área de mineração", disse o prefeito.

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