José Aurélio fala sobre candidatura de oposição à OAB

O advogado José Aurélio Silva Rocha, que disputa seu primeiro mandato à eleição de presidente da Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Niquelândia, realizou evento classista no final da tarde da terça-feira (24), como ato preparatório ao pleito marcado para a sexta-feira (27) em todo o Estado. O candidato à presidência da OAB em Goiás, Flávio Buonaduce – apoiado por José Aurélio - foi representado na cidade do Norte do Estado pelo advogado Aroldo Machado Neto, que pleiteia o cargo de secretário-geral adjunto da OAB. Em nível local e estadual, respectivamente, José Aurélio e Buonaduce fazem oposição aos situacionistas Nilson Ribeiro Spíndola (OAB/Niquelândia) e Enil Henrique de Souza Filho (OAB-Goiás) que ocupa mandato-tampão na OAB estadual em fevereiro após a saída do então presidente Henrique Tibúrcio. De acordo com José Aurélio, seu nome à OAB Niquelândia surgiu após a reunião de um grupo significativo de advogados do município – de um total de 64 - que entenderam a necessidade de constituição de uma chapa em oposição ao atual presidente Nilson Spíndola. Segundo o candidato, sua primeira ação foi justamente procurar Nilson para a tentativa de formatar uma chapa única e de consenso entre os dois grupos advocatícios, sem êxito após o final das conversações. 

“Não tenho nada pessoal contra o doutor Nilson e nem contra seu trabalho à frente da OAB. E ele, no exercício da presidência, entendeu que deveria disputar a reeleição e também montou a sua chapa. Mas o grupo de advogados que sugeriu meu nome entendeu que era o momento da OAB local contribuir de forma mais decisiva à Subsecção de Niquelândia. Sou candidato não por vaidade pessoal, mas porque acredito que a minha experiência poderá contribuir com um diálogo – aberto e permanente – com os juízes; promotores; serventuários do Fórum e do Ministério Público (MP) de Niquelândia; e demais autoridades constituídas. Hoje, como todos sabem, existe uma Defensoria Pública Municipal que é ‘bancada’ pela Prefeitura de Niquelândia que atendem as pessoas carentes na área cível e criminal, apesar de isso ser uma obrigação do Estado. Porém, esse serviço brevemente deverá ser extinto por uma ação cível pública do MP - que já interpôs um procedimento administrativo, buscando informações sobre a Defensoria Municipal - para que a prefeitura assuma outras necessidades e verdadeiras obrigações. Porém, é de conhecimento público que o número de defensores públicos dativos do Estado é insuficiente para atender nossa cidade. Dessa forma, voltaremos à situação de antes - em que nossos advogados eram nomeados dativamente para representar as pessoas carentes – com os profissionais sendo remunerados de acordo com os honorários que o juiz fixa para aquele processo. Essa é uma situação que o próximo presidente da OAB em Niquelândia terá que enfrentar”, comentou José Aurélio Silva Rocha.

O candidato de oposição à OAB na cidade classificou de “infeliz” os comentários do atual presidente de que a entidade, nos últimos 20 anos, foi coordenada somente por dois advogados com algum grau de envolvimento com os poderes Executivo e Legislativo. Nilson Spíndola, na entrevista ao DN, invocou novo mandato alicerçado na “independência” de seu nome em relação à Prefeitura de Niquelândia, onde José Aurélio é assessor especial (licenciado, no momento) do prefeito Luiz Teixeira (PSD), que ingressou recentemente na legenda que também é presidida por Nilson Spíndola em Niquelândia. Segundo José Aurélio, Nilson integrava a Defensoria Municipal quando foi eleito para a OAB há três anos e, por isso, trabalhou nesse período sem ofertar ajuda aos políticos do grupo que ele pertencia (nas eleições municipais de 2012) e também não fez qualquer tipo de perseguição política usando a OAB contra a administração atual (de Luiz Teixeira), a quem ele se considera oposição por ser partidário do ex-candidato a prefeito Evaldo Rincon (PSD).

 

“Quanto aos mandatos (na presidência da OAB) dos colegas-advogados Carlos Godoi e Mildo Ferreira posso dizer que a nossa subsecção deve muito a eles dois porque, se não fosse o trabalho árduo e profícuo de ambos, nossa cidade teria apenas uma delegacia da OAB. No Norte do Estado, apenas nós (Niquelândia), Uruaçu e Porangatu possuem subsecção da OAB. Se hoje a OAB possui sala dentro do Fórum, isso é mérito deles (Godoi/Mildo) em suas gestões junto ao Poder Judiciário. E eu acho que a OAB, em Niquelândia, sempre foi independente e continuará sendo assim em minha gestão, como entidade classista. Não se vincula o lado classista com o lado político. Porém, andam propagando por aí que eu quero presidir a OAB com finalidade política na próxima eleição. Isso não procede porque, politicamente, seria melhor eu ficar neutro no processo (da sucessão na OAB). Porém, todos têm conhecimento que, dentro da ala do prefeito Luiz Teixeira, uma parte considerável do grupo ventila meu nome como pré-candidato a prefeito, situação que ainda vejo como ‘muito complexa’ hoje. Eu não quero usar a OAB para isso. Mas se eu, por ventura, vier a ser candidato a prefeito, a OAB de Niquelândia estará muito bem representada pela doutora Graciele (Arantes Ferreira, esposa do prefeito de Colinas do Sul, Iran do Lago Ferreira/PSD), candidata a vice-presidente na nossa chapa”, comentou José Aurélio. 

Na entrevista ao DN, o postulante defendeu Flávio Buonaduce à OAB goiana dizendo que o advogado faz parte de um grupo histórico de profissionais do ramo em Goiás como Felicíssimo Sena e Miguel Cançado. “Ele (Buonaduce), uma vez eleito, irá dar continuidade naquilo de bom que OAB já produz à sociedade goiana, mas de uma forma mais qualificada e com mais eficiência em relação à gestão atual (de Enil Henrique)”, completou José Aurélio.