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CRIXÁS

Correligionários querem Naziozeno na disputa pelo quinto mandato

Prefeito diz que anuncia a sua decisão na segunda-feira (20)


Publicado em 17 Junho 2016

Euclides Oliveira

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Euclides Oliveira
Orlando Naziozeno durante reunião com aliados em Crixás
Orlando Naziozeno durante reunião com aliados em Crixás

Correligionários do prefeito Orlando Naziozeno (PMDB) lotaram a recepção da Prefeitura de Crixás no final da tarde da quarta-feira (15) para pedir que o chefe do Executivo da cidade do Vale do São Patrício aceite disputar, em outubro, as eleições municipais para um eventual quinto mandato a partir de janeiro de 2017. A ação espontânea dos aliados – cerca de 300 pessoas - à tese de continuidade do peemedebista no cargo defende essa necessidade pelo zelo alcançado na organização das finanças municipais a partir de janeiro de 2013, após o crítico período em que o então prefeito Olímpio César de Araújo Almeida (PSDB) administrou o município de 18 mil habitantes. 
O evento-surpresa pró-Orlando – ocorrido no Palácio Rio Vermelho após às 17 horas quando o funcionalismo público já estava fora do expediente de trabalho - foi arquitetado duas semanas antes por secretários municipais; vereadores da base de apoio do prefeito no Legislativo; e presidentes dos diretórios municipais dos partidos que deram sustentação à vitoriosa campanha de Naziozeno em 2012, quando o prefeito chegou ao atual quarto mandato após oito anos fora do poder. “Doutor Orlando” – como o médico e político é carinhosamente chamado por seus fiéis seguidores - já havia sido eleito para o segundo mandato e reeleito para o terceiro mandato em dois pleitos seguidos (1997-2000/2001-2004), quatro anos após cumprir seu primeiro mandato (1989-1992). Nos últimos meses, o assunto “reeleição de Orlando Naziozeno” em Crixás tornou-se pauta obrigatória nas rodas políticas da cidade e também para o Diário do Norte que, em encontros regulares com o prefeito em seu gabinete, sempre o questionava sobre seu interesse ou não em ser o ‘recordista’ de mandatos entre os prefeitos dos 246 municípios goianos. 
A primeira promessa de Naziozeno era fazer o anúncio – pelo encerramento do atual mandato ou pela disputa em outubro – no final do mês de abril. Porém, isso acabou não ocorrendo porque o prefeito alegava pressões familiares para que não concorresse de novo, dada a saraivada de críticas que políticos de um modo geral recebem nas redes sociais. Na conversa com seus apoiadores, Naziozeno invocou certa incompreensão de parte do eleitorado/munícipes sobre a queda da arrecadação na Prefeitura de Crixás em 2015 e em 2016 por conta da crise econômica nacional, que o impediu de cumprir algumas promessas de campanha diante do farto volume de recursos federais que conseguiu em Brasília nos últimos quatro anos. 
Apesar do forte apelo para que dispute o pleito, Naziozeno foi cauteloso e prometeu que anunciará sua decisão na segunda-feira (20), o que incluirá um provável rumo sobre a permanência ou não do jovem vice-prefeito Plínio Paiva (PR) na nova chapa. Vale lembrar que Plínio deixou o PMDB do próprio Naziozeno e tem aspirações a disputar o cargo majoritário também. Fora isso, o prefeito de Crixás nunca repetiu o mesmo vice em suas três chapas anteriores.

DECISÃO ADIADA
“Não dá para eu negar que ver essa manifestação (de apoio) mexe realmente com o emocional da gente. Para nós, que somos políticos, o que nos move são os companheiros diante dessa situação de crise econômica federal, estadual e municipal. Porém, os gestores que têm responsabilidade como eu sofrem mais que os gestores que não têm responsabilidade. Quando dizemos um ‘não’ às pessoas que nos procuram com demandas, nós ficamos sofrendo. Isso traz certa angústia para nós, que estamos na prefeitura. Mas, do outro lado, temos uma vivência muito grande que nós dá segurança para esse trabalho como prefeito. Se não fosse essa experiência, aliada à equipe que montamos na prefeitura, a situação do município estaria muito pior. E nós vamos, até 31 de dezembro, fechar nossas contas públicas com inauguração de obras e benefícios nas áreas da Educação; da Saúde; e da Assistência Social, como o povo quer. Mas também ficamos devendo moradias, por uma série de circunstâncias; e melhorias que pretendíamos realizar em alguns bairros, por falta de recursos. Sobre ser candidato, ninguém é candidato de si próprio. Quando se constrói uma candidatura é necessário estar alicerçado em algo, que justifique candidatar-se, como o apoio dos segmentos organizados da cidade. A família, é claro, também pesa muito. Todos sabem que a minha família quer me ver livre da política, porque sabem que essa é um atividade espinhosa. Já passei por períodos com carro de som nas ruas, com palavrões contra meus filhos, quando eram pequenos, na escola, por eu ser político. Isso constrange demais a família. Esse último final de semana minha mulher (Maria Nunes, primeira-dama, discreta e fora do meio político) me disse que ‘parece que você gosta mesmo de sofrer, então você está livre para sofrer se sua decisão for de se candidatar’. Também tenho conversado com vários segmentos e devolvo a pergunta ‘Você acha que devo ser candidato?’. Mas eu ainda tenho que fechar algumas coisas até poder dar essa resposta, no dia 20. Tenho pressa nisso porque, se a resposta for positiva, preciso trabalhar com os partidos que estão conosco e os que poderão se aliar a nós. Se o Plínio será o novamente o meu vice, também precisaremos ver a manifestação de vontade dele. Se ele (Plínio) for novamente aclamado pelos partidos, não terei objeção nenhuma. E, se eu não for o pré-candidato, precisaremos ver quem será esse nome, para que essa discussão ocorra com bastante amadurecimento. Mas eu quero agradecer de coração a todos que se manifestaram porque, para vencer a guerra, é necessário um exército para conseguirmos nossos objetivos, afirmou o prefeito Orlando Naziozeno aos presentes, naquele dia.

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